Rock Lee tinha uma missão importante: ele deveria atravessar o deserto das areias infinitas para alcançar uma vila distante, onde um antigo segredo da medicina ninja estava escondido. Determinado, ele carregava consigo apenas o essencial, confiante em sua força e habilidades. Os anciãos da vila, contudo, o alertaram:
"Poucos voltam do deserto, e aqueles que retornam falam de um espírito poderoso que guarda essas terras. Dizem que ele observa, julga e, se assim desejar, nunca permitirá que alguém cruze seus domínios."
Lee, com sua confiança habitual, sorriu para os anciãos.
- Não se preocupem. Minha determinação é mais forte que qualquer obstáculo. -
Mas, ao partir, uma estranha inquietação começou a crescer dentro dele. Sentia o peso das advertências, como se o próprio deserto estivesse aguardando, ansioso por sua chegada.
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Rock Lee estava exausto, caminhando há dias sob o sol abrasador, o deserto o engolia com seu silêncio opressor e calor sufocante. O jovem ninja, conhecido por sua determinação e força, sentia suas pernas pesadas, seu corpo enfraquecido pela falta de água e comida. Tudo que via era areia até onde os olhos podiam alcançar. Em uma das dunas, avistou uma pequena planta solitária, desafiando o deserto ao crescer ali. Nela, pendia um único fruto rosado, brilhando de maneira quase sobrenatural.
Empurrado pelo desespero e pela fome, Lee pegou o fruto sem pensar duas vezes, e o mordeu, saboreando a polpa suculenta que, ao mesmo tempo, trazia uma doçura e um amargor estranho.
No instante em que terminou de comê-lo, sentiu uma onda de calor e um leve formigamento percorrer seu corpo. Foi então que uma figura apareceu à sua frente.
O homem era magro, mas emanava uma aura intensa e majestosa, como se fosse o próprio sol encarnado. Seus cabelos ruivos e curtos se destacavam como fogo, e ele vestia um manto vermelho que flutuava ao seu redor, criando um contraste magnífico com o dourado da areia. Os olhos, com pupilas profundas e azuis, encaravam Lee com uma intensidade que o fez estremecer. Havia algo de sensual e hipnotizante naquela figura.
- Quem... quem é você? - perguntou Lee, atônito, tentando organizar os pensamentos em meio à sua exaustão e o súbito deslumbramento.
O homem sorriu de forma enigmática.
- Sabaku no Gaara. - disse ele, sua voz baixa e suave, mas carregada de um poder inegável. - Eu sou o guardião do deserto. -
Lee piscou, sentindo-se estranhamente envolvido e assustado ao mesmo tempo. Cada vez que tentava desviar o olhar, o homem ruivo se tornava mais vívido, seus olhos pareciam prender Lee como um feitiço.
- Estou perdido... preciso de ajuda para sair daqui. - balbuciou Lee, sem fôlego.
Gaara sorriu, quase em deboche.
- Você comeu o fruto sagrado de meu deserto, mortal. Agora, está condenado a vagar por ele até que prove ser digno de minha misericórdia.-
As palavras do ruivo pareciam uma sentença, e assim que ele desapareceu, Lee sentiu o chão se movendo, como se o deserto ganhasse vida própria. Dunas enormes erguiam-se e afundavam ao seu redor, formando labirintos e caminhos sem fim. Ele tentou correr, mas a areia dificultava seus movimentos, e logo se viu perdido em um emaranhado de passagens.