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BC
Seungmin saiu da sala mas seu rosto e seus olhos ainda estavam em minha mente, cerrei os punhos me sentindo tão preocupado sem poder me conter, quero derrubar as paredes e os preconceitos estúpidos que os mais velhos têm, que continuam a amarrar nas pernas e braços me impedindo de poder correr e abraçar o menino que parecia querer chorar naquele momento.
Quem é o culpado? Por quanto tempo essa guerra sem fim vai durar? E quanto tempo devemos esperar que acabe?
— Por que você não me disse que você e ele moravam no mesmo prédio?
Mordi meu lábio até doer quando meu pai falou asperamente atrás de mim, tentei olhar para a porta e contar até dez na minha cabeça, para que o calor fervendo dentro do meu peito diminuísse.
1..2..3..4
— Chan! Estou te perguntando!
Mas então toda a minha paciência foi quebrada, enquanto ele continuava a gritar, ele agarrou meu ombro e me disse para me virar e encará-lo, movi os ombros para mostrar minha insatisfação, ao mesmo tempo em que a outra pessoa parecia surpresa com a forma como eu estava agindo.
— Não vejo nada de ruim nisso. — O respondo tentado manter a calma.
— O que há de errado com você? — Meu pai perguntou indignado, cerrando os dentes, por trás eu ouvi minha mãe chamar meu nome, como se quisesse me acalmar, mas eu não acho que a pessoa que deveria se acalmar tem que ser eu .
— Eu disse que não vejo nada de errado com ele.
— Como você não vê algo de errado? É por isso que você não voltou para casa ultimamente, Né!?
— Father, isso não tem nada a ver com ele.
Toda vez que eu respondia com relutância, seu nível de raiva aumentava.
— Eu demorei pra visitá-los, porque tenho trabalhos a fazer, não sou tão descuidado quanto o senhores pensa, quanto a Seungmin, não fizemos nada de errado, somos conhecidos. Inclusive, o que haveria de errado se fôssemos amigos?
— BangChan! — Grita meu Father.
— Se mamãe e papai odeiam os pais de Seungmin, tudo bem, mas o que isso tem a ver comigo e ele?
— Não vê como são os pais deles? Seus filhos devem ser iguais a eles!
