The Cigarette Duet

83 3 1
                                    

Dogday x Fumante Catnap

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dogday x Fumante Catnap

Dogday se lembrava dos seus primeiros encontros com seu parceiro, quando ele não fumava. O cheiro de cigarro era algo que ele nunca havia associado a Catnap. Agora, era quase uma marca registrada.

O canino o amava aquele felino mais do que tudo, mas a cada tragada, sentia um pedaço de seu coração se despedaçar. A fumaça era um véu que o separava, uma barreira invisível que o impedia de alcançá-lo.

A morte de seu pai foi um golpe duro para Catnap. A dor da perda era insuportável e ele buscava qualquer forma de anestesiá-la. O cigarro se tornou seu refúgio, um escape momentâneo da realidade. A cada tragada, sentia-se um pouco mais próximo de seu pai, que era um ex-fumante, como se a fumaça o transportasse para um lugar mais tranquilo.

Mesmo que o felino não fosse tão próximo de sei pai e eles tivessem um relacionamento um tanto... Conturbado, ele era o familiar que reatava na família do gato. Dogday teve a chance de conhecer o pai de seu namorado, e havia ficado genuinamente surpreso como ele não era nada parecido com seu parceiro.

O pai de Catnap era... Algo um tanto contraditório consigo mesmo. Por fora, aparentava ser um homem gentil e respeitável, mas por dentro, era um abismo de escuridão. Tinha um sorriso falso que escondia um coração frio e egoísta. Seus olhos, que deveriam transmitir sabedoria, eram vazios e opacos, como se não houvesse alma ali.

No funeral, ele sabia que aquilo afetaria Catnap, mas não tanto. O felino havia ficado perto do túmulo de seu pai mesmo quando todos haviam ido embora para casa e apenas restava ele e o canino ali, em meio as gotas frias da chuva. E desde então, tudo mudou.

Catnap, mesmo sendo aquele felino calmo e sempre mantia a cabeça no lugar que todos estavam acostumados, ele também tinha o seu lado emocional não tão estavel, quando estava perto de certos gatilhos. Nem Dogday conseguia acreditar naquilo, era como se seu namorado tivesse esquecido tudo de ruim e terrível que seu pai já havia feito a ele, e sua mente apenas se lembrava das migalhas de afeto que ele havia recebido durante toda sua infância e adolescência, e agora ele tentava se contentar com aquilo.

Aquele velho homem era um egoísta e narcisista, que colocava suas próprias necessidades acima de tudo e de todos. Dogday entendia porque Catnap era tão inseguro e buscava refúgio no cigarro. A figura paterna que deveria ter sido um porto seguro, havia deixado cicatrizes profundas na alma de seu filho.

E naquela noite, enquanto Catnap acendia outro cigarro na varanda, Dogday tomou uma decisão.

Dogday entrou na varanda, sentindo a brisa fresca tocar suavemente seu corpo. Ele observa seu companheiro acender outro cigarro, sentindo uma dor familiar em seu coração cada vez que o felino fazia aquilo. Ele respirou fundo e se aproximou do gato, seus olhos ficando cheios de tristeza e ansiedade.

Ele sempre odiou ver aquilo, seu namorado destruindo seu corpo daquela forma e não tinha certeza de como dizer isso ao gato, mas seu coração o obrigou a falar.

Lᥲ́bι᥆᥉ ᥱ Pᥲtᥲ᥉ Uᥒιdᥲ᥉ - D᥆gdᥲᥡ ᥊ Cᥲtᥒᥲρ Oᥒᥱ᥉h᥆t᥉ Onde histórias criam vida. Descubra agora