Prólogo

2 1 0
                                    

-Izana... Tem certeza de que isso vai dar certo?

Era tarde da noite quando duas crianças de 12 e 13 anos, que se diziam rebeldes, estavam andando em direção a uma mansão. Eles sussurravam um para o outro para não serem descobertos pelo seguranças que vagavam por perto.

-Relaxa, Rin. Você só tem que entrar com cuidado pela janela do seu quarto. Assim seus pais nunca vão perceber que você saiu.

A garota ainda estava meio insegura disso. Ela já tinha fugido para aproveitar um pouco da noite com Izana, mas agora estava com medo de ter que enfrentar as consequências.

-Huh... Certo. Eu vou subir.

Nervosa, Rin vai até a árvore que ficava bem ao lado da janela de seu quarto. Ela respirou fundo e começou a subir devagar.

Mas, mesmo tomando todo o cuidado possível, ela sentia que ia desequilibrar.

-Sobe devagar!- Izana falou ao perceber a dificuldade da amiga.

Rin até ouviu o aviso de Izana, mas não é como se ela fosse aprender a subir árvores de repente. Ela sabia que ia cair.

-...Rin, cuidado!

Pensado e realizado. Rin escorregou ao tentar pisar num galho e acabou caindo. Izana não teve tempo de conseguir segurar a garota, então ela bateu a cabeça no chão e ficou inconsciente.

-Rin!

Izana correu até a garota e começou a sacudir para tentar a acordar.

-Por favor, Rin! Acorda!

-...Ei!- a voz de um dos seguranças soou. -Quem é você garoto? O que está fazendo aqui?

Mas, ao perceber a filha de seus chefes caída no chão, inconsciente, o segurança imediatamente agiu.

-O que você fez com a garota?

-Me ajuda, caramba! Ela caiu da árvore.- Izana disse desesperado.

-O quê?! Garoto, você só tem uma chance! Saia daqui imediatamente ou eu vou chamar a polícia!

O segurança segurou Izana pelo braço e começou o arrastar para fora da área da mansão.

-Ei! Para! Eu quero ficar com a Rin, seu desgraçado!- Izana disse, se debatendo.

Porém, depois que o guarda o jogou para fora do portão, Izana desistiu, pensando que era melhor que a família cuidasse de tudo.

Ele suspirou.

-Amanhã... Amanhã eu volto...

Ele murmurou para si mesmo.

Seria melhor que a família cuidadasse da garota e a levasse para um hospital. No dia seguinte Izana poderia invadir o hospital discretamente para ver como a amiga estaria.

No entanto, ele não conseguiu. O quarto de hospital de Rin estava bem protegido.

Izana talvez tivesse tido azar dessa vez, então ele pensou que seria melhor esperar ela estar de volta.

Assim que a mesma estivesse bem, eles se encontrariam na ponte do lago próximo ao parque que eles se conheceram. Aquele era o lugar de escape e conforto dos dois. O ponto especial de encontro. Uma memória.

...

Mesmo depois de dias voltando naquele lugar, Izana nunca mais reencontrou a sua melhor amiga.

Recuperando memórias do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora