Prólogo!

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── Caterina

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── Caterina... - Ouvi a voz suave de minha mãe me acordando, ela sempre tinha uma voz doce e amorosa. Cocei os olhos pra despertar e quando olhei pra ela tinha um pequeno bolinho em suas mãos, com confeitos coloridos e uma vela pequena que ela acendeu assim que sentei na cama, hoje era meu aniversário de dezoito anos.

── Feliz aniversário querida, eu não pude comprar um presente esse ano pra você, mas comprei esse bolinho e achei essa vela na gaveta, então faça um pedido, filha! - Meus olhos estavam marejados pelo momento em si, não importava se não ganhava presente todos os anos, eu sabia bem da nossa situação e ajudava como podia.

"Desejo de todo meu coração que as coisas melhorem e possamos finalmente ter uma vida confortável e despreocupada!"

Desejei de olhos fechados com todo o meu coração e ao abrir, assoprei a vela e dei um sorriso abraçando a minha mãe que me abraçou ainda mais forte de volta!

── Eu te amo mamãe, tenho fé que tudo vai ficar bem em breve, a senhora vai ver, teremos uma vida melhor!

Ouvi uma discussão do lado de fora quando estava chegando, havia saído pra comprar umas coisas na vendinha que a minha mãe pediu pra fazer o jantar, nós moramos em um assentamento de trailers então tudo ficava um pouco longe e eu ia de bicicleta, ...

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Ouvi uma discussão do lado de fora quando estava chegando, havia saído pra comprar umas coisas na vendinha que a minha mãe pediu pra fazer o jantar, nós moramos em um assentamento de trailers então tudo ficava um pouco longe e eu ia de bicicleta, na verdade adorava fazer isso, pedalar sentindo o vento no meu rosto, meus cabelos voando enquanto seguia caminho.

── Elysia você pensa realmente que eu não vi? Você estava rindo e se oferecendo pra ele igual uma puta procurando programa na avenida!

── Fred você está enganado amor, eu apenas agradeci a ele pela ajuda com a afiação que deu problema de novo, eu não queria esperar você chegar porque sei que estaria cansado pra arrumar e... ─A voz da minha mãe foi interrompida por um tapa que eu ouvi bem do lado de fora e só aí eu entrei colocando as compras no canto rapidamente.

── Papai, ela não está mentindo, por favor não bata nela de novo! - Fui correndo até eles dois e fiquei a frente da minha mãe.

── Saia da frente, Caterina, estou falando com a sua mãe, SAIA!

── NÃO!. O senhor sempre bate nela sem motivos por coisas que inventa na sua cabeça, o senhor só bebe e desconta tudo nela, pare com isso!

Naquele momento eu sabia que ele iria me bater como nunca antes, ele me segurou pelos cabelos me jogando em cima do pequeno sofá que havia alí e me bateu tantas vezes que eu já nem estava sentindo, tapas, socos e eu só ouvia minha mãe gritar tentando segurar ele até que ele me deixou alí e partiu pra cima dela gritando que tínhamos que respeitar ele, que ele quem trabalhava e mantinha tudo em ordem.

── Filha, acorda... Caterina! - Acordei olhando pra frente e minha mãe estava abaixada perto da cama, seu rosto estava todo machucado assim como o meu.

── Aconteceu alguma coisa, mãe?

── Arrume suas coisas, só o básico, você vai embora daqui a pouco querida, não posso mais deixar você aqui.

── O quê? Não mãe, não vou deixar a senhora sozinha!

── Olha, você vai sim e não quero teimosia agora, eu venho juntando dinheiro a uns anos pra te dar na hora certa, pegando um pouco do seu pai também quando ele chega caindo de bêbado, não é o suficiente pra te dar uma boa vida na cidade grande, mas vai poder pagar as passagens, dormir em algum lugar e comer... Querida você é muito inteligente, é linda, esforçada e eu sei que vai se sair bem, por favor faça isso por mim, eu quero que vá e não olhe pra trás! - Ela me disse praticamente já chorando e eu chorando junto com ela, não queria deixar minha mãe e muito menos com ele, não sabia o que ele ia fazer com ela quando descobrisse o que ela fez.

── Não posso deixar você com ele, mamãe, venha comigo, vamos fugir juntas! - Falei baixo entre o choro e ela me abraçou dizendo que tinha tido uma boa vida e que o que ela mais queria era que eu tivesse um bom futuro. Naquela madrugada eu deixei minha mãe pra trás no ponto de ônibus com lágrimas nos olhos enquanto acenava pra mim enquanto o ônibus seguia caminho.

A Noite Que Nos Conhecemos!Onde histórias criam vida. Descubra agora