2. Um Passinho

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Proposta aceita, a tarde seguia luminosa e radiante. Uma vez ou outra, Turin dava aquela conferida rápida nas moças, tudo na maior discrição, sem ser percebido, coisa que todo homem faria diante de tantas gostosas. Turin não era um tarado, mas alimentava os olhos toda vez que podia. Diferentemente da maioria, ele não via o menor problema em achar a irmã e a sobrinha gostosas; não via o menor problema em olhar para bundas tão bem feitas e se excitar. Por dois motivos: o primeiro é que ele sabia que desejar não é o mesmo que fazer; e o segundo motivo era esse: anos escrevendo contos eróticos fizeram com que certos tabus se tornassem insignificantes para ele.

A tarde se estendia bem, apesar de algumas coisas estranhas notadas por Turin. A primeira foi quando procurou o banheiro. A irmã tinha dito que era só seguir o corredor, mas quando ele chegou lá, haviam duas portas, e ao tentar a primeira viu que era na verdade um quarto, um quarto feminino, de Vick, provavelmente. Mas por que ela precisaria de uma cama de casal? E além disso, por que havia sobre ela uma camisa social masculina? Turin fecha a porta dizendo a si mesmo que não era de sua conta.

Outra estranheza é que ele não sabia dizer ao certo se Karen e Leona estavam morando ali ou só passando uns dias. Não quis perguntar, porque não era de sua conta, mas alguma coisa dizia que estavam morando, e se fosse mesmo o caso, Bruno devia sofrer uns apertos com aquela menina Leona. Claro que Bruno não teria interesses em Karen e Vick, afinal, eram respectivamente irmã e filha dele, mas… com sobrinha é diferente. Um cara ter que conviver com uma sobrinha gostosa como a tal Leona, sem poder fazer nada é complicado. Ninguém é de ferro - Turin pensa.

Havia outra coisa estranha, difícil de dizer. Em meio às conversas e risadas com todos durante o dia, ele percebia algo no ar, mas não sabia o quê. Alguns assuntos interrompidos subitamente, algumas evasivas, falta de clareza em certos momentos, e até mesmo uma leve sensação de que Vick e Leona conversavam por olhares. Isso não chegou a incomodar Turin, afinal, cada lar tem suas questões particulares, mas o deixou curioso.

E ainda sobre as estranhezas, quando ele subiu com Monique para pegar travesseiros e cobertores para dormir - pois não querendo incomodar ninguém, insistiu em dormir no sofá da sala -, entraram no quarto em que estavam guardados, que, pelo que soube depois, era o de Karen. Mas era curioso que a cama ali também fosse de casal, e que embaixo dela houvesse um par de sapatos masculinos.

Até bem tarde da noite tudo correu muito bem, e então Turin foi para o confortável e espaçoso sofá da sala, quando todos se retiraram para seus quartos. Turin nota que Leona e Vick entraram no mesmo quarto e não pôde deixar de imaginar as duas primas dormindo juntinhas naquele frio. Ele também pôde ver, mesmo estando lá embaixo, Karen dando um beijo no rosto do irmão - "Boa noite, maninho" - e achou aquilo inusitado, embora não necessariamente inapropriado.

Todas as luzes se apagam. Breu total. O sono viria logo, mas Turin ainda precisava fazer algo. Ele confere o celular, como fazia todos os dias, para saber quantos comentários tinha recebido no conto erótico que havia enviado ao Wattpad no dia anterior.

"Hum, que bom que o pessoal está gostando! rs"

Turin confere os comentários e ainda comenta cada um deles, contente com o resultado alcançado. Depois, verifica se havia disponível alguma continuação para ler, dos autores que ele acompanhava. Ali estava um novo episódio de A Névoa, da Larissa Oliveira, que ele adorava ler. Ao término da leitura, seu pinto estava tão duro, que ele daria tudo por uma boa gozada.

"É foda! Dormir de pau duro vai ser osso!" - ele pensa, mexendo no pinto de levinho. Ele imagina como seria legal se, assim como no conto da Larissa, descesse uma névoa naquela casa. E o pensamento dele vai longe….

"Turin, eu sou sua irmã, acho que não tem problema se eu chupar sua rola, o que você acha?" - ele pensava em Monique só de calcinha e sutiã, vermelhos e de renda

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