Capítulo Dois - Um Final Eterno

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A porta do meu quarto foi aberta com tudo, o que com toda a pessoa escutaria, a menos que tivesse algum problema de audição.

Eu estava de costas para o meu algoz. Ele segurava meu pescoço com uma mão, enquanto a outra apertava meu peito, me conduzindo até a minha cama. Seus beijos arrepiavam meu pescoço, provocando em mim sensações nunca conhecidas.

— Eu esperei tanto por isso. — Confessou, intercalando seus beijos quentes e molhados. — Cada um dos dias em que te vigiei, que te aguardei chegar em casa... Porra... Finalmente vão valer a pena.

A medida em que ele andava devagar, nos aproximávamos ainda mais da cama, e no momento em que me sentei, ainda o encarando de baixo, ele pôs sua mão grossa em meu rosto. Ela era grande o suficiente para arrebentar qualquer parede com um soco, e afundar a cara alguém com um simples tapa, mas seu toque era suave. Ele deslizava seus dedos pelas minhas bochechas, caminhando para meus cabelos, puxando delicadamente meus fios acobreados.

Sem mais, ele retirou a camisa que cobria seu corpo e a jogou no chão. Encarei sua exposição, e não era de surpreender, pois a camisa denunciava um pouco como era, uma obra de arte. Parecia estátua em mármore recém esculpida, perfeitamente finalizada, feita sendo pensada em cada um dos mínimos detalhes, desde as veias saltadas pelos braços e por algumas regiões do seu tronco, até uns poucos pelos que caminhavam do final do seu umbigo até sumirem no cós da cueca branca que aparecia por conta da calça um pouco abaixo.

Enquanto encarava ele respirar ofegante, uma parte da minha mente recusava que aquilo poderia ser um desejo, e dizia ser ser uma maneira de sobreviver. Enquanto a outra esquecera de tudo que poderia ser certo ou errado, tudo que meus pais me diziam foi embora naquele momento.

Engoli em seco, descendo meu olhar pelo seu corpo, observando aquela trilha rala de pelos que desciam para dentro da sua calça com mais atenção. Era caminho para o paraíso, ou a trilha para o martírio.

Levantei minha mão, devagar, em uma demora tortuosa, temendo no caso de fazer algo errado e sofrer alguma punição surpresa, indo diretamente peitoral. E puta que pariu, como era duro. Parecia uma pedra.

O sorriso perverso recém esboçado em seu rosto confirmou que ele havia gostado. — Pode apertar se quiser. — Falou, rouco, e me mantive sentado, encarando parte daquele rosto marcado por uma máscara de completo vazio.

— Não precisa ter vergonha. — Falou com uma calma assustadora. — Meu corpo é seu. Use-o à vontade. Mas saiba que também farei o mesmo com o seu.

Merda. Meus dentes se apertarem quando a tentação me corroía por dentro. 

Aceitava que era um pecador, mas aquilo me elevava a nível desconhecido, como se me garantisse um lugar certo no colo do diabo. Bem... e parecia que ele estava na minha frente, pronto para me colocar deitado em suas pernas, com a bunda para cima, pronto para me estapear.

Me levantei devagar, e abocanhei seu peito. Mordi sua auréola, o chupei, o apertei. Era completo misto de sensações, as mais sujas possível. Percorri seu tronco, deslizando para sua barriga, a beijando, mordiscando seus gomos definidos, enquanto escutava seus gemidos.

Olhei rapidamente para cima, vendo sua cabeça erguida enquanto eu passava a língua pelo seu abdômen. Era o momento perfeito para tentar algo e fugir. Mas eu não queria. 

Meu cérebro dizia: Foge, piranha. Mas meu corpo dizia: Se entregue.

Segurei o cós da calça, desabotoando sem dificuldade, e descendo peça por peça. Não quis ter pressa, queria um pouco de suspense. Na altura daquele campeonato não estava mais nem aí, apenas não queria morrer.

Por Trás da Máscara Branca - Conto - Versão UmOnde histórias criam vida. Descubra agora