"Então me senti como um observador dos céus / Quando um novo planeta entra em seu alcance; Ou como o robusto Cortez, quando com olhos de águia / Ele olhava para o Pacífico—e todos os seus homens / Olhavam uns para os outros com um pressentimento selvagem—Em silêncio, em um pico em Darien."'On First Looking into Chapman's Homer', John Keats
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Amelia ajeitou a blusa, uma peça preta soltinha com alças finas que cruzavam sobre suas costas, combinada com jeans de lavagem clara, ao descer do táxi e pisar na calçada. O bar luxuoso se erguia à sua frente, com seu exterior elegante banhando a noite em um brilho neon suave. A música que vinha de dentro se estendia pela rua, acompanhada de um som abafado de conversas e risadas. Ela respirou fundo, numa mistura de empolgação e apreensão. Aquela não era sua cena habitual, mas esta era uma noite para fugir da rotina e comemorar.
No momento em que deixou o táxi, ela viu sua colega de quarto.
Jenna estava recostada na parede, olhos no celular. Ao contrário de Amelia, que geralmente preferia tecidos leves e tons terrosos, Jenna gostava de chamar a atenção. Ela usava um vestido prateado cintilante que brilhava sob as luzes da rua e um par de saltos altos. Seus longos cabelos loiros estavam presos em um elegante coque bem trabalhado e sua maquiagem estava impecável, como sempre. Quando ela olhou para cima e viu Amelia, seu rosto se iluminou com um sorriso largo.
"Oi, gostosa."
"Oi", respondeu Amelia, revirando os olhos com o apelido. Apesar da tendência de Jenna de promover saídas excessivamente extravagantes para combinar com tudo mais que ela fazia, elas eram amigas desde seu primeiro semestre de faculdade e ela não conseguia ficar irritada com a mulher por muito tempo. "Parece que você tá prestes a desfilar no tapete vermelho do Oscar."
Jenna riu, girando para dar a Amelia uma visão melhor de seu vestido.
"Essa é a ideia", disse ela, fazendo uma pose. "Essa é a nossa noite. O objetivo final é finalmente conseguir um sugar daddy hoje. Ou pelo menos um colecionador de arte rico pra te dar um emprego de verdade e me pagar umas bebidas."
Amelia soltou uma gargalhada. "Certo. Porque tudo o que precisamos na vida são homens ricos." Seu tom era de sarcasmo, mas havia humor em sua expressão. "O que aconteceu com todo aquele discurso de empoderamento sobre como não precisamos de homens que você fez semana passada?"
"Ah, eu continuo defendendo isso", disse Jenna, passando o braço pelo de Amelia e puxando-a para a entrada. "Mas isso não significa que eu não possa lucrar com alguns deles. Você também devia, sabe. Fazer bom uso desse seu rostinho bonito."
Amelia riu à medida que eles se aproximavam do segurança, que lhes dirigiu uma rápida olhada dos pés à cabeça antes de deixá-las entrar.
O interior do bar era ainda mais impressionante do que o exterior. A iluminação ambiente suave lançava uma luz quente sobre o piso de mogno polido e as poltronas de couro. Um extenso bar de carvalho brilhante corria ao longo de uma parede, abastecido com todas as bebidas e ingredientes existentes. Sofás baixos e macios eram artisticamente dispostos em pequenos grupos por todo o espaço, incentivando conversas mais intimistas. Um pequeno palco estava aninhado em um canto, prometendo música ao vivo mais tarde na noite.
O olhar de Amelia correu pela sala, observando tudo. Era muito diferente do boteco de sempre, onde o chão era sempre pegajoso e a música estava sempre alta demais. Mas ela não podia negar que havia algo indiscutivelmente cativante na elegância sofisticada do lugar.
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All Is Fair In Love And Poetry · Taylor Swift
FanfictionNa teoria do caos, existe a ideia hoje popular de que as mínimas ocorrências podem ter enormes repercussões em um sistema não linear determinístico. Por exemplo, quando uma borboleta bate suas asas na Ásia, a ligeira mudança na pressão atmosférica c...