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  Quando Oikawa chegou em casa, Ísis havia, perguntado preocupada onde ele estava, a fim de não falar a verdade ele apenas comentou que havia ido tomar um ar.

  Então, quando chegou, apenas foi tomar um banho e se vestiu com roupas leves. Keiji e Kozume estavam na sala assistindo um seriado, coisa que Oikawa ia fazer junto a eles.

  Não demorou muito para os garotos jantarem, escovarem os dentes e irem dormir. Bem, Kenma não iria, mas Akaashi lhe obrigou a se deitar e tirou o nintendo de suas mãos, pois Kozume havia tido um dia cansativo. Ele e Kuroo ficaram correndo pela casa, já que o moreno decidiu provocar o loiro.

  Então, algumas horas se passaram, e todos estavam deitados. Mas, Oikawa não conseguiu dormir.

  Ele estava pensando demais.

  Minutos depois, escutou algo bater na janela do quarto, curioso, mas com receio se levantou, indo até a mesma, abrindo-a, se deparando com Iwaizumi escorado na parede da casa. O mesmo utilizava um short e um casaco preto.
  Oikawa ficou sem entender.

  — Resolveu aparecer? - Questionou sorrindo.

  — Olha que deu vontade. - Piscou para o mesmo, com um sorriso em seu rosto. - Quer ir comigo pra um lugar?

  Oikawa a minutos encarou Hajime, e logo saiu da janela, vestindo um short preto e uma camisa de lua, e algumas estrelas estampadas.

  Assim, saiu de casa pela porta da frente, com cuidado, fechando-a.

  Logo se viu de frente com o mais velho.

  — Você e esses segredos. - Falou o argentino.

  — Me conceda a honra. - Estendeu a mão, Tooru riu baixinho, e delicadamente juntou sua mão por cima da de Hajime, que selou-a com calma.

  Aquilo fez os dois rirem, não muito alto, mas estava sendo divertido.

  Por fim, andaram um pouco, até chegarem em uma montanha, a cima; o chalé.

  — Ou, eu não tinha percebido isso aqui. - Falou Oikawa balançando a mão de Iwaizumi.

  — É, ninguém percebe, ou liga. Então é normal. - Comentou enquanto andava para cima. - Vamos?

  — Ah... Tá bom! - Sorriu seguindo Hajime.

  Quando chegaram no local, Iwaizumi destrancou a porta com a chave, deixando Tooru curioso.
  Então, quando abriu, o argentino se maravilhou com o que havia dentro.

  Algumas fotografias na parede, deles juntos e até mesmo de seus amigos, câmeras arrumadas em cima de uma mesinha retangular. Violões nas paredes, de amadores a profissionais.
  Tinha um baú na parede da sala, e uma estante de livros astrônomos. Além de que um telescópio ao lado do baú, e uma prateleira cheia de coisas de fotográficas, como lentes, e algumas que Tooru não entendia.
  O teto do local, era composto por estrelas, e alguns planetas, e alguns globos sobre esse tema estavam ali, em cima de outra mesinha, mas ao lado da porta de entrada.
 
  No que era para ser a cozinha, virou uma espécie de sala, na qual tinha um sofá, e uma tv. Mas, alguns armários escuros, que estranhamente também tinham temas personalizados, desenhos fofos de ets.

  Oikawa encarou Iwaizumi, supreso, curioso, perplexo. Nem ele sabia definir.

  — Gostou? - Perguntou indeciso, Oikawa pulou nos braços de Iwaizumi.

  — Eu adorei! Então era por isso que você não tinha ido me ver? - Perguntou enquanto olhava nos olhos esverdeados, mas seus braços estavam ao redor do pescoço de Hajime.

  — Eu decidi pegar as coisas só meu avô, e trazer pra cá. Como eu sabia que você era fascinado por coisas assim, decidi personalizar. - Sorriu, tímido. - E bem... Era por isso que eu não fui te ver.

  Oikawa sorriu, um sorriso verdadeiro, e gentil. Hajime rodou os braços pela cintura do mais novo, afundo o rosto em seu pescoço transformando aquilo em um abraço. Tooru retribuiu, com seu carinho e afeto que tinha por Iwaizumi.

  — Eu... - Oikawa começou a falar, mas logo percebeu que não era a hora certa, não naquele momento. Hajime o encarou sem entender. - Vamos ver as estrelas? - Sorriu nervoso, deixando Iwaizumi confuso, mas afirmou com a cabeça.

  Quando levou o telescópio para fora, ficaram juntos, apenas admirando a companhia um do outro, enquanto Oikawa olhava de longe o que não poderia ser visto a olho nu.

  — Como você conseguiu arrumar? - Perguntou curioso.

  — Eu troquei a lente, e limpei. Nada demais. - Comentou, enquanto observava o que achava belo. As estrelas que já poderiam ser vistas de longe com sua beleza.

  Estavam sentados em cima de um pano, qual, Iwaizumi levou para fora com o telescópio. Enquanto o silêncio dominava o local, e o conforto se via presente, Hajime encarou Oikawa, por alguns minutos.

  — Lembra... Que você disse sobre entregar as estrelas a alguém? - Tooru sentiu seu peito esquentar e os batimentos cardíacos iriam a mil. Seu estômago revirou, mas não de uma forma ruim, era como se uma corrente elétrica de dopamina preenchesse seu corpo inteiro. Os olhos acastanhados olharam Hajime, com atenção na próxima fala.  - Isso é tosco... Eu não entendia nada no começo, mas... Eu quero tentar te entregar o céu.

  Oikawa encarou Hajime por alguns minutos, ele não estava brincando. O argentino sorriu sincero.

  — Me entregar o céu é? - Encarou as estrelas. - Acho... Que eu não preciso do céu, se já tenho o universo inteiro do meu lado.

  Olhou para os olhos verdes, que brilhavam mais que compasso de estrelas.

  Hajime sorriu bobo, e Oikawa o encarava admirando seu sorriso.

  — Pois então, posso te entregar o universo? - Se aproximou do rosto de Tooru, que estava um tanto vermelho.

  — Acho... Que eu já ganhei o meu universo aqui. - Iwaizumi sorriu, se aproximando de Oikawa, seus lábios se tocaram, transformando aquilo em um selinho lento, mas de qualquer forma um beijo cheio de verdade, emoção, e felicidade.

  Ao se encararam novamente, Oikawa se aproximou de Iwaizumi, se aconchegando em seu peito. Recebendo cafuné em seus cabelos acastanhados, e definitivamente cheirosos.

  — Mês que vem vai ter uma festa de comemoração aqui na cidade. - Falou Hajime, enquanto brincava com os fios de Tooru. - É engraçado de como éramos antes e agora estamos assim...

  — Realmente. Mas, eu gosto de você, pelo menos agora... - Sorriu, se sentando apoiando as costas no peito do mais velho. - Eu descobri que você é incrível.

  Iwaizumi sorriu, abraçando o acastanhado por trás, selando seus lábios novamente, dessa vez, com um beijo. Não apenas um selinho.

  O ósculo foi totalmente verdadeiro,  como na primeira vez, mas agora com a atmosfera ainda mais confortável do que antes, se aquilo fosse possível.

  — Chocolate. - Comentou Iwaizumi. - Você cheira, e tem gosto de chocolate. - Afundou o rosto na clavícula do menor, que riu baixinho.

  — E você limão. - Falou sua perspectiva, com uma risadinha. - Estranho de como somos opostos até nisso.

  Afegou os cabelos espetados de Iwaizumi, qual estava concentrado demais observando o céu.

  Algumas carícias, outros beijos, quais não perdem a magia, e o abraço aconchegante, que pode-se ser chamado de casa, por ambos os garotos.

  "Casa, e universo, tendo apenas oito letras"
Oikawa Tooru.

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