Mon's POV
"Os seios dela se erguiam com alarmante velocidade enquanto a pesada mão dele descia para seu macio, ainda rijo espinheiro..."
"Espinheiro? O que infernos você está escrevendo?"
"Jesus!" eu gritei, batendo a tela de meu laptop para fechar. "Sam, você não pode andar atrás de mim e começar a ler minhas histórias".
"Histórias?" ela perguntou, enquanto levantava sua sobrancelha. "Seios, espinheiro? Você está escrevendo uma cena de sexo?"
"Oh, bem... sim. Na verdade, estou", eu disse, levantando meu queixo.
Ela cruzou seus braços sobre o peito e disse: "À que diabos você se refere como espinheiro?"
Sentindo o calor que sua pergunta começava a mostrar em meu rosto, virei de costas para ela em minha cadeira e empilhei minhas anotações, para que ficassem perfeitamente juntas. 'Espinheiro' era um termo respeitoso usado para se referir à área privada de uma moça; ao menos foi isso que minha mãe me ensinou.
"Mon, à que você está se referindo?"
Limpando minha garganta e estufando meu peito, olhei nos olhos dela e disse, "não que seja da sua conta, mas eu estava me referindo ao pacífico e agradável jardim feminino".
Eu observei enquanto Sam cuidadosamente me estudava com aqueles olhos castanhos que tinham passado os últimos seis anos estudando a mim e minhas excentricidades.
Ela foi minha primeira amiga verdadeira, ela me aceitou por quem eu era desde o primeiro dia que nos conhecemos: uma garota superprotegida pelos pais, ensinada em casa, ingênua, e sendo atirada em seu primeiro dia de faculdade.
Finalmente, ela jogou sua cabeça para trás e gargalhou, me deixando imediatamente tensa; mesmo que nós fossemos melhores amigas, eu continuava sendo autoconsciente de minha falta de "vocabulário moderno".
"O que é tão engraçado?" perguntei, enquanto segurava meu laptop contra meu peito.
"Mon, por favor, me diga que você não chama a vagina de uma mulher de seu agradável jardim".
"Sam", silenciei-a.
Aquilo culminou em outra risada enquanto ela envolvia seu braço ao redor de meus ombros, me guiando pra fora do meu quarto no apartamento que dividíamos com nossa outra amiga, Jim.
"Mon, se você não consegue dizer vagina em voz alta, então não tem jeito de você ser capaz de escrever sobre pênis latejantes e mamilos excitados."
Calor decantou sobre mim com a menção de um pênis latejante, uma coisa que eu nunca tinha experimentado, para começar. Os únicos pênis que eu tinha visto foram cortesia do Tumblr e algumas cuidadosas pesquisas no google.
Eu deveria, ao invés, estudar um pessoalmente, porque pelo que pude ver da internet e li em outros livros de romance, eles pensavam por eles mesmos... contraindo e levantando quando excitados.
Eu estava fascinada em ver uma verdadeira ereção tomar forma. O que aconteceria se eu tocasse aquilo? Essa era a questão que estava constantemente em minha mente.
Enquanto crescia, eu fui muito protegida pelos meus pais. Fui ensinada em casa e passava muitos dias na praia ou em meu quarto lendo.
Qualquer coisa escrita por Jane Asuten era meu livro ideal, até eu encontrar um dos romances sujos de minha mãe em seu criado-mudo. Nós não falávamos sobre sexo, nunca, então me fascinou ler um livro sobre respirações pesadas e grossas protuberâncias. Eu não consegui evitar; fui fisgada.
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A Escritora
RomanceKornkamon está cansada de trabalhar em um escritório cheio de gatos, por isso resolve voltar a escrever seu inédito romance. O problema é que ela não tem nenhuma experiência com sexo. Sua vida reclusa a impede de ter experiências que a ajudem a escr...