04 - A estrada de ladrinhos vermelhos

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Mon's POV

"Fabio estava deitado na cama aguardando que sua dama medieval liberasse seu cinto de castidade e finalmente o deixasse colher as flores silvestres do jardim que ela tinha lindamente preparado para ele. Ele observou enquanto ela caminhava para ele derrubando suas roupas, começando com seu sutiã de algodão branco.

Ele percebeu que seus seios eram significantemente de tamanhos diferentes, mas ele afastou a ideia de sua cabeça e focou no cinto que ela estava afrouxando ao redor de sua cintura.

Ela derrubou sua roupa de baixo para revelar um sedoso emaranhado de anéis vermelhos que combinavam com os em sua cabeça e em seu mágico jardim..."

"Não, você não pode escrever sobre cortinas combinando com tapetes. Você está insana?" Jim perguntou por cima de meu ombro, assustando cada parte de mim.

"Vocês, pessoas, não podem continuar fazendo isso", eu gritei, enquanto cobria a tela de meu computador com minha mão.

"Dama medieval? Você é melhor que isso, Mon".

"Eu sei que eu sou", eu disse, murchando. "Pra ser honesta, eu nem mesmo sei se ainda quero fazer um livro medieval. O sexo parece tão rude com toda aquela armadura e mobília. Quero dizer, onde ele coloca sua espada? Só atira isso para o lado?"

"Não, ele espeta na vagina dela, duh".

Revirando meus olhos, fechei meu computador e agarrei minha bolsa.

"Eu não estou falando sobre a espada porca dele".

"Uau", Jim gargalhou. "Sam me disse que vocês assistiram pornô noite passada, mas eu não acho que ela se esfregou muito em você".

"Eu posso ser ousada se eu quiser", respondi, minha cabeça erguida.

Nós saímos do apartamento e descemos as escadas, onde corremos até Sam que estava carregando uma caixa de pizza e um engradado de seis cervejas. A mulher poderia comer e beber qualquer coisa que ela quisesse e continuar com o peso perfeito para ser considerada apenas gostosa; como isso poderia ser justo?

"Jantar, moças?" ela ofereceu.

"Desculpe, nós temos um compromisso", eu disse rapidamente enquanto tentava ultrapassá-la, mas parei no meio do caminho por ela com aquele sorriso em seu rosto.

"Que tipo de compromisso?"

"Hora de arrancar o arbusto fora do 'jardim de moça'" Jim disse, usando aspas no ar. "Despedaçar as ervas".

Sam ergueu uma sobrancelha para mim, e então abaixou o olhar para minha virilha.

"Você é toda natural ali embaixo, amor?"

Cobrindo minha virilha com as mãos, como se eu não estivesse usando calças, eu disse, "Não encare, e não. Eu sou aparada".

"Então, qual o problema?"

"Ela vai fazer uma depilação com cera", Jim proclamou.

Encolhendo-se, Sam olhou para mim com dó. "Droga, se divirta com isso. Me mostra depois?" ela remexeu suas sobrancelhas, sempre uma fanfarrona.

"Cai fora daqui", eu a empurrei para o lado e saí de nosso prédio.

[...]

Enquanto Jim e eu caminhávamos para o metrô, ela falou sobre o seu dia na Cosmo e sobre ter de testar diferentes tipos de tampões... ao menos não eram pás de pegar excrementos de gatos. Eu iria preferir acariciar um tampão todo dia que ter que testar peneiras de merda.

A EscritoraOnde histórias criam vida. Descubra agora