[EM ANDAMENTO] O ensino médio era uma merda, mas o ensino médio profissionalizante era um inferno. O inferninho pessoal de Park Jimin, um estudante do curso de professores.
Depois de 3 anos dando seu sangue, suor e lágrimas por aquele curso, Jimin f...
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Sophie caminhava pela caverna que havia encontrado do outro lado da porta do quarto de Howl. Sua expressão estava séria quandoela andou até o ser de penas pretas azuladas, no fim do corredor que tinha paredes cheias de cacarecos.
— Howl? — A voz de Sophie pergunta pela TV.
Acho que nunca me cansaria de assistir Castelo animado, mesmo sendo a milésima vez apenas naquele ano.
Reassistir o filme dá uma renovada na vontade de viver, sabe? Provavelmente por conta de eu ser um pouquinho fã do Studio Ghibli.
Fã do estilo de ter chaveirinhos, bonequinhos funko pop, alguns posters pelo quarto e os livros de alguns filmes.
Eu não cansava de admirar a estética dos filmes, as paisagens, a beleza dos personagens, as músicas e frases, tudo era único.
Solto um riso soprado quando Sophie grita para Howl que pode ajudá-lo, um pequeno sorriso era inevitável sabendo que aquilo não passa de um sonho da menina.
Quem sabe um dia eu também arranje um Howl da vida? Que só eu consigo salvar? Como aquelas garotas do ensino fundamental com os garotos de 14 anos falando: “Deixa ele! Só eu consigo acalmar ele!”
Só de pensar, minha garganta coça com vontade de soltar uma gargalhada alta e longa.
Infelizmente, minha felicidade e conforto passam em segundos quando me remexo na cama mudado de posição e sinto os papéis dos post-it pinicando minha pele. Bufo mirando meu olhar no caderno em que eu fazia o rascunho do meu plano de aula que estava um pouco mais em cima, com meu estojo aberto ao lado.
Ficar tanto tempo em uma posição me dava nervoso, acho que por isso eu me mexia tanto de noite, parecia que tinha formiga me mordendo.
Rolo para a beira da cama, provavelmente com uma pequena carranca mal humorada agora.
Eu tinha que entregar um plano de aula para a professora de Ensino Fundamental amanhã, então tinha que voltar ao trabalho logo se quisesse dormir cedo naquele dia.
Pelo menos aquele seria o último trabalho do terceiro bimestre. Agora só falta mais um bimestre, glória a Deus!
E então eu finalmente iria terminar minha longa caminhada de escravidão escolar para dar início meu plano de suicídio com o peso da vida adulta. (É meme, pelor amor de Deus)
Mas eu já até conseguia sonhar comigo reclamando que o salário do mês não valia 1% da saúde mental que eu perdia por dia com aqueles capetinhas.
Porém meu sonho acaba de maneira súbita, quando o barulho da porta sendo escancarada e batendo na parede me assusta, fazendo eu intuitivamente rolar da beira da cama para o chão em uma rapidez impressionante.
— Maninho Jiminie! — HaeYang grita entrando no quarto e correndo pelo espaço como o pequeno furacão que era. — Cheguei da escola!
Bufei, me sentando no tapete de pelinhos azul claro que ficava do lado da cama. Observo Yang com seu cabelo escuro bagunçado e olhos da mesma cor que havia puxado de seu pai. Suas bochechas estavam coradas pela corrida e seu rosto sujo de algo como terra.
