Helena dirigia para Primus, sentindo-se exausta tanto fisicamente quanto mentalmente.
Como sempre, Christian desmontava todas as suas estruturas, transformando sua vida de cabeça para baixo, como sempre fazia. Às vezes, sentia raiva por ainda ter sentimentos por ele, já que o moreno era muito egoísta, nunca ligando para como os outros poderiam ficar com suas decisões.
Pensava que já não havia resquícios de paixão, que fosse algo da adolescência, mas com a chegada dele acabou percebendo que nada mudou e o que mudou foi para algo bem mais forte.
Helena estava dirigindo pela estrada ensolarada, a música tocando suavemente no rádio enquanto pensava na reunião que teria mais tarde. O trânsito estava tranquilo e ela aproveitava aquele momento de paz antes do dia agitado que a aguardava.
De repente, o telefone tocou. Era seu chefe, e ela rapidamente atendeu, ajustando o volante com uma mão.
- Alô? - disse Helena, com a testa franzida, tentando manter o tom profissional.
- Helena! Precisamos conversar sobre um novo advogado que estamos trazendo para a equipe Primus - começou seu chefe, com uma voz séria.
- Claro! O que você pode me dizer sobre ele? - perguntou ela, curiosa e um pouco apreensiva. A Primus sempre teve a reputação de contratar os melhores.
- Ele tem uma experiência incrível e... - a voz do chefe foi interrompida por um barulho de estática.
Helena franziu a testa. - Você está aí? O que mais você pode me contar sobre ele?
Mas antes que pudesse ouvir a resposta, o telefone em sua mão ficou mudo. Ela olhou para a tela: a ligação havia sido encerrada.
- Espera... O nome dele! - exclamou, um misto de frustração e curiosidade tomando conta dela.
Ela respirou fundo, olhando para a estrada à sua frente, enquanto tentava processar o que acabara de acontecer. Por que ele desligou assim? E qual era o nome do novo advogado? Com um leve sorriso irônico nos lábios, Helena decidiu que não precisava se importar, afinal descobriria uma hora ou outra.
Helena estacionou o carro em frente ao imponente edifício de vidro que abrigava a empresa de advocacia. Ao sair, sentiu a brisa fresca da manhã. Um nervosismo diferente se fez presente, uma estranha sensação de frio na barriga.
Ao entrar no prédio, foi recebida por um saguão moderno, com paredes decoradas por obras de arte contemporânea e uma recepção elegante. Assim que cruzou a porta, a recepcionista, uma jovem sorridente chamada Ana, levantou a cabeça de seu computador.
- Olá! Helena, como está? - disse Ana, com um sorriso caloroso. - Seu escritório já está pronto.
- E aí, Ana. Estou bem, e você? - Ela deu um lindo sorriso com dentes certinhos e branquinhos.
- Eu também estou, bom trabalho pra você. - A mulher voltou para o seu trabalho, ajeitando algumas pastas. Enquanto se dirigia ao elevador, algumas pessoas passaram por ela e a cumprimentaram.
- Olá, senhorita Helena. - disse Carlos, o faxineiro de muitos anos da Primus. Era um ótimo senhor e muito gentil; em seu primeiro dia aqui, ele foi uma das pessoas que sempre a recebeu de forma calorosa, e a cacheada já o ajudou em um caso de roubo.
- Que bom que chegou, preciso falar com você. - acrescentou Mariana, uma colega de trabalho, enquanto segurava uma xícara de café.
Particularmente, se dava muito bem com a outra mulher. Ela era alta, magra, com cabelos curtos lisos e usava um conjunto de terno verde claro. A mulher vivia cantando Helena, deixando-a sem graça e às vezes sem reação, mas isso a incomodava e até mesmo a divertia quando via Mariana tentando.
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Encontros do destino.
Romanceromance | interracial | enemies to lovers Helena e Christian eram inseparáveis, melhores amigos desde a infância, unidos por uma amizade genuína que se estendia até suas famílias. Seus pais desenvolveram um grande vínculo, mas nem todos comparti...