Capítulo 3

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O sol da manhã entrava pelas frestas da janela, iluminando o quarto aos poucos. Any acordou com o toque insistente do telefone, sentindo o peso do cansaço em seu corpo após a noite agitada. Sem abrir completamente os olhos, ela pegou o celular ao lado da cama e viu o número desconhecido na tela. Seu coração acelerou, aquele número era do hospital.

Atendeu, ainda sonolenta, jamais poderia ignorar uma chamada do hospital ainda mais sabendo do estado delicado que sua mãe estava desde a prisão de seu pai.

— Alô?

— Srta. Any, aqui é o Dr. Carter. Precisamos que venha ao hospital o mais rápido possível. É urgente.

Any se sentou na cama de imediato, a preocupação tomando conta dela, ultimamente tinha tantos problemas, não poderia perder sua mãe.

— Tudo bem, eu estou indo.

Desligou rapidamente, sem querer acordar Josh, que dormia ao seu lado. Levantou-se silenciosamente e começou a se vestir com pressa. O médico não deu mais detalhes, mas o tom sério dele deixou claro que a situação era grave. Assim que terminava de colocar o casaco, Josh se mexeu, abrindo os olhos lentamente.

— Any? Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou, com a voz rouca de sono.

— Eu preciso ir, Josh. Tem um lugar que preciso estar agora - respondeu, tentando disfarçar a preocupação.

Ele franziu a testa, notando a pressa dela.

— Eu posso te dar uma carona, se quiser - ofereceu.

— Não precisa - Any respondeu rapidamente, com um sorriso forçado. - Meu colega de quarto, Noah, está vindo me buscar.

A resposta pareceu deixá-lo incomodado. Any percebeu o olhar dele, Any achou que ele estava com medo de ela contar que havia dormido com ele e se aproximou, depositando um beijo suave em seus lábios.

— Não se preocupe, Josh - ela murmurou, em tom baixo. - Não vou comentar nada sobre a gente. Sei que você prefere manter as coisas discretas.

Ela se virou para sair, mas Josh tentou desfazer o mal-entendido

— Eu queria... - começou ele, mas Any já estava na porta.

Ela acenou com a mão, saindo antes que ele conseguisse terminar a frase. Josh suspirou, frustrado, observando-a ir embora. Assim que ouviu a porta da frente se fechar, ele pegou o celular e se levantou, indo até a janela para vê-la partir. Any saiu pelo portão e entrou rapidamente em um carro que já a aguardava.

Josh permaneceu na janela por um instante, pensativo. Ele nem sequer tinha o número de Any, mas a intensidade daquela noite e a sensação de vê-la partir deixaram uma marca que ele não esperava.

Enquanto isso, Any seguia para o hospital, o coração acelerado pela angústia. Não demorou muito para que ela chegasse, e ao entrar na recepção, foi direto ao balcão.

— Vim falar com o Dr. Carter. Ele me ligou - informou, tentando manter a calma.

Logo, foi conduzida até o consultório do médico, onde ele a aguardava com uma expressão séria.

— Srta. Any, obrigado por vir tão rápido. Sente-se, por favor.

Ela se sentou, tentando preparar o coração para o que estava por vir.

— O que aconteceu, doutor? Minha mãe está bem?

O Dr. Carter respirou fundo antes de responder.

— Sua mãe tem uma condição cardíaca que piorou nas últimas horas. A pressão sobre o coração dela é grave, e o estado atual exige uma cirurgia de emergência.

O rosto de Any ficou pálido. Desde a prisão de seu pai, a saúde da mãe so piorou de forma visível, mas ela não imaginava que pudesse piorar a esse ponto.

— Cirurgia? - Any sussurrou, ainda absorvendo a informação. - Ela... ela vai ficar bem?

O médico assentiu lentamente, mas sem demonstrar total certeza.

— A cirurgia é complexa, mas se for realizada o mais rápido possível, ela terá boas chances de recuperação. No entanto, é uma operação cara. O custo total da cirurgia, incluindo despesas médicas adicionais, deve girar em torno de quinhentos mil dólares.

Any engoliu em seco. Quinhentos mil dólares. Ela não tinha nem perto dessa quantia. A notícia a atingiu como um golpe.

— Eu... - começou a falar, com a voz tremula. - E se eu não conseguir o dinheiro a tempo?

O médico a observou com empatia, mas sua expressão continuou séria.

— Eu sinto muito, mas o estado dela é crítico. O tempo é essencial, Srta. Any. Quanto antes conseguirmos a autorização, melhor será para sua mãe.

Any baixou a cabeça, tentando processar tudo. Mesmo em meio à dor e ao choque, ela sabia que não podia perder a esperança.

— Eu vou conseguir o dinheiro, doutor. Marque a cirurgia para o mais rápido possível.

O Dr. Carter assentiu, oferecendo um sorriso encorajador.

— Faremos o possível para garantir o sucesso da operação. E não se preocupe, daremos todo o suporte necessário para sua mãe até que tudo esteja resolvido.

Any se despediu, saindo do consultório com o coração pesado. Precisava de quinhentos mil dólares, e precisava disso rápido.

JOSH BEAUCHAMP: THE BILLIONAIRE OF MY HEARTOnde histórias criam vida. Descubra agora