𝑳𝒂𝒈𝒓𝒊𝒎𝒂𝒔 𝒂𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒊𝒔 𝒏𝒂̃𝒐 𝒅𝒆𝒗𝒆𝒓𝒊𝒂𝒎 𝒄𝒂𝒊𝒓

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Cena – Mansão da Bonten

*Sanzu estava sentado no sofá da sala principal, pernas cruzadas, com a cabeça apoiada na mão enquanto tamborilava os dedos no braço do sofá. As vestes celestiais brancas brilhavam suavemente sob a luz da sala, impecáveis, como se desafiassem as circunstâncias. Apesar de sua postura aparentemente calma, ele estava inquieto. Seu coração disparava com a possibilidade de reencontrar Rindou, o homem que nunca saiu de seus pensamentos.

O som da porta sendo aberta bruscamente o tirou de seus devaneios.*

Ran: entra primeiro, ajeitando o cabelo com um sorriso despreocupado Ah, já chegaram.

Sanzu ergue os olhos, e seu coração afunda. Logo atrás de Ran, Rindou entra rindo, com uma garota loira pendurada em seu pescoço. Os dois estavam claramente embriagados, rindo e trocando carícias. Sanzu engoliu em seco, o peito apertando como se algo estivesse sendo arrancado dele.

Rindou: entre risos* Esse foi o melhor encontro que eu já tive, hein.

Sanzu desviou o olhar, mas não conseguiu evitar que seus olhos voltassem a Rindou. Ele parecia tão... vivo, tão diferente do homem que Sanzu conhecia, como se o tempo tivesse seguido para ele enquanto Sanzu permanecera preso no limbo. Mas o pior era o sorriso no rosto de Rindou, um sorriso que ele não via há tanto tempo e que agora parecia dedicado a outra pessoa.

Ran: notando o desconforto de Sanzu, arqueia uma sobrancelha Bom, o clima tá... interessante.

Sanzu mordeu o lábio, tentando manter a compostura. Mas quando Rindou e a garota passaram direto por ele, ainda se beijando, foi demais.

Rindou: parando abruptamente, olhando de relance para Sanzu com um riso debochado Ei, essas asas aí... Foi o Ran que te arrastou pra algum desfile bizarro?

Sanzu o encarou, incrédulo. Ele não havia reconhecido. A dor em seu peito se transformou em um nó sufocante. Ele não podia acreditar que Rindou não sabia quem ele era, mesmo com tudo que tinham compartilhado.

Sanzu: se levantando, os olhos brilhando com lágrimas contidas Vai se foder, Rindou.

Sanzu saiu correndo escada acima, sem se preocupar em esconder as asas rasgadas ou o brilho celestial que o cercava. Entrando em um quarto que ainda carregava sua essência, ele trancou a porta e caiu sobre a cama, pressionando o rosto contra o travesseiro. "Eu sou um anjo agora," ele murmurou para si mesmo, como se isso fosse um consolo. Mas não era. Não podia ser. Como poderia, se ele ainda sentia tanto?

Na sala

Rindou: confuso, olhando para Ran e Kakucho O que foi isso?

Ran: cruza os braços, irritado Talvez se você usasse os olhos além da língua, você perceberia que acabou de ignorar o Sanzu.

Rindou: ri nervoso, apontando para o andar de cima O QUÊ? AQUELE era o Sanzu? Você tá brincando, né?

Kakucho: balança a cabeça, sério Não, Rindou. Ele está de volta... mas não da forma que você imagina.

Rindou: ainda incrédulo, esfregando o rosto com as mãos Não pode ser. Ele estava morto. Isso não faz sentido!

Ran: impaciente E acha que faz sentido pra ele? Ele voltou machucado, confuso, e claramente ainda sente algo por você. E você chega com uma garota pendurada no pescoço?

Rindou: abaixa a cabeça, processando Eu... eu não sabia. Eu não sabia que ele estava aqui.

Kakucho: sério Agora sabe. Mas talvez seja melhor deixar ele respirar.

Rindou: olha para cima, balançando a cabeça Não. Eu preciso falar com ele agora.

Ran: coloca uma mão no ombro de Rindou, tentando segurá-lo Rindou, dá um tempo. Ele está abalado.

Rindou: empurrando a mão de Ran com força E acha que eu não estou? Ele morreu, Ran! Ele morreu, e agora ele está aqui! Eu não posso simplesmente ignorar isso!

Rindou começa a subir as escadas apressadamente, deixando a garota confusa e Ran e Kakucho trocando olhares de preocupação. Chegando à porta do quarto de Sanzu, ele para por um momento, ouvindo os sons abafados de soluços do outro lado. Seu peito apertou. Ele nunca tinha ouvido Sanzu chorar antes.

Rindou: batendo na porta, desesperado Sanzu... abre a porta. Por favor.

Sanzu não respondeu, tentando silenciar seus soluços, mas a voz de Rindou do outro lado parecia penetrar todas as suas barreiras.

Rindou: insistindo, a voz embargada Eu preciso falar com você. Eu não sabia... eu não sabia que era você. Por favor, abre a porta.

Sanzu, com os olhos inchados, olhou para a porta, indeciso. Ele queria ignorá-lo, mas algo na voz de Rindou o fez hesitar. Ele permaneceu imóvel, enquanto Rindou continuava a implorar do outro lado....

(OI OIᗴ ᘜᗴᑎTᗴ Տᗴ, ᗴᑎTᗩ̃O ᗴᑌ ᑎᗴᗰ Iᗩ ᖴᗩᘔᗴᖇ ᗰᗩIՏ ᑕᗩᑭÍTᑌᒪO ᑭᑫ ᗩᑕᕼO ᑫᑌᗴ ᑎᘜᗰ ᘜOՏTOᑌ, ᗰᗩՏ ᑌᗰᗩ ᗩᗰIᘜᑌIᑎᕼᗩ ᗰIᑎᕼᗩᗴ ᑭᗴᗪIᑌ ᗴ ᗴᑌ ᖴIᘔ, O ᑕᗩᑭÍTᑌᒪO Tᗩ́ ᑕᑌᖇTO ᗰᗩՏ ᗩᗰᗩᑎᕼᗩ̃ ᗴᑌ ᑭOՏTO ᗰᗩIՏ, ᗴ IՏՏO ᗷᒍՏՏ)

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