ೋ❀❀ೋ═══ ❀ ═══ೋ❀❀ೋRindou parou em frente à porta do quarto onde Sanzu havia se trancado. O som abafado de soluços do outro lado o deixou paralisado. Ele nunca imaginou que o veria assim, e o arrependimento o esmagava. Fechando os olhos, ele respirou fundo, tentando controlar as emoções que ameaçavam transbordar.
Rindou: batendo de leve na porta Sanzu... Por favor, abre a porta. Eu sei que estraguei tudo.
Silêncio. Ele apoiou a testa na porta, como se esperasse que isso o conectasse a Sanzu de alguma forma.
Rindou: Eu... Eu preciso falar com você. Não posso deixar isso assim. Por favor, Sanzu.
Do outro lado da porta, Sanzu permanecia imóvel, as asas ligeiramente trêmulas enquanto olhava para o chão. Ele queria ignorá-lo, mas as palavras de Rindou estavam cheias de algo que ele não conseguia identificar. Dor? Desespero? Talvez ambos.
Sanzu: voz baixa, mas firme Vai embora, Rindou. Você já deixou claro o quanto nossa história importa pra você.
Rindou: com a voz embargada Não é verdade!
O grito inesperado de Rindou fez Sanzu estremecer. Ele levantou o olhar para a porta, confuso. Do lado de fora, Rindou respirava fundo, tentando se recompor.
Rindou: Quando... pausa, a voz hesita Quando eu recebi a notícia de que você tinha morrido... que você tinha... a voz quebra por um momento que tinha sofrido aquela overdose no hospital...
Sanzu congelou. O nome "hospital" trouxe memórias que ele tinha lutado para enterrar, e ouvir Rindou mencioná-lo o deixou mais vulnerável do que queria admitir.
Rindou: Eu... eu desabei, Sanzu. Foi como se o chão tivesse sumido. Você era tudo que eu tinha, e de repente... você não estava mais lá.
Houve um silêncio pesado entre eles. Sanzu apertou os lençóis entre os dedos, enquanto Rindou continuava.
Rindou: Eu não sabia lidar com isso. Eu... dormi com outras garotas, tentando preencher o vazio que você deixou. Tentando esquecer a dor. Mas nunca deu certo, Sanzu. Nunca. Porque cada vez que eu olhava para elas, tudo que eu via era você.
Sanzu sentiu o peito apertar. Ele queria odiar Rindou por isso, mas havia algo na honestidade de sua voz que o impedia.
Rindou: Hoje... quando eu te vi na sala, pensei que estava tendo uma alucinação. Estava embriagado, e... eu... eu fui um idiota. Um completo desrespeito com você, com a nossa história, com tudo que vivemos.
Sanzu se levantou lentamente, caminhando até a porta. Ele hesitou, com a mão pairando sobre a maçaneta.
Rindou: Por favor, Sanzu. Eu sei que não mereço seu perdão, mas... mas eu preciso que você saiba que eu nunca te esqueci. Nunca.
Finalmente, Sanzu abriu a porta. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, as asas levemente desarrumadas, mas ele mantinha a expressão dura.
Sanzu: encarando Rindou com frieza Então por que você agiu como se eu fosse um estranho?
Rindou: a voz trêmula Porque eu não conseguia acreditar que era você. Porque eu me senti... ele olha para o chão, com os punhos cerrados um lixo ao perceber que, enquanto eu tentava esquecer você, você provavelmente sofreu mais do que eu.
Sanzu cruzou os braços, tentando não demonstrar o impacto das palavras de Rindou.
Sanzu: Você está certo. Você não merece meu perdão.
Ele começou a fechar a porta, mas Rindou colocou o pé entre ela, impedindo que ela se fechasse completamente.
Rindou: desesperado Mas eu vou fazer de tudo para merecê-lo. Eu vou consertar isso, Sanzu. Eu não sei como, mas vou.
Sanzu não respondeu. Ele fechou a porta devagar, dessa vez sem resistência de Rindou, e se afastou. Rindou permaneceu do lado de fora, encostado na porta, enquanto lágrimas escorriam silenciosamente pelo seu rosto.
Naquele momento, ambos sabiam que o caminho para a reconciliação seria longo e cheio de cicatrizes, mas a vontade de tentar ainda estava viva – por menor que fosse.
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մო αղյօ զմҽ cαíմ ժօ cҽ́մ
FanfictionAqui, Sanzu caiu do céu e tenta voltar, mas precisa cumprir um objetivo pra isso, e qual objetivo seria?