𝐏𝐄𝐍𝐔𝐌𝐁𝐑𝐀

I - Hex Museum

Berlim - 2024

Rio Vidal, uma jovem historiadora, com uma paixão secreta sobre tudo que envolvia o sobrenatural, por mais que não conseguisse explorar tanto esse lado, sempre que podia procurava estudar sobre a existências de Artefatos Mágicos, e bom, lá estava ela. Em um hotel em Berlim, se arrumando para a inauguração do Hex Museum.

Esse Museu era justamente o que Rio desejava, um misterioso local com milhares de coisas sobrenaturais e místicas, a jovem não podia se sentir nada menos que eufórica.

Mas, sabia que não poderia demonstrar pois estava indo lá como a boa Historiadora que era. Não era a inauguração para o público, apenas para pessoas do ramo de Historiadores, colecionadores e coisas do gênero. Para ser honesta, não sabia se isso era bom ou ruim, afinal estava lá a trabalho, não teria porquê surtar ou algo do tipo.

Rio, como sempre, escolhe o básico sofisticado. A latina estava com um terno e calca preta, seus cabelos ondulados e medianos estavam soltos, para não ir sem nada por baixo do blazer, ela usava uma blusa regata branca, também usava um salto alto, novamente preto.

Vidal não sabia quando sua paixão pelo sobrenatural havia começado, era como se fosse algo dela, não conseguia explicar, assim como os sonhos estranhos que tivera semanas antes de ser chamada para Alemanha, justamente para um local onde estaria cercada por tudo que envolvia magia.

Rio sonhava com três coisas.

Uma Adaga

Uma floresta quase sem cor pela devida quantidade de neblina

Uma mulher com os olhos púrpura.

E mesmo sonhando com coisas tão óbvias, não conseguia saber o significado ou ligação entre os três, ou melhor, a ligação que ela tinha com essas coisas.

Infelizmente a morena teve que sair de seus pensamentos quando sua melhor amiga, Yelena Belova entrou no quarto do Hotel.

─ Como está a minha Historiadora favorita? ─ Yelena perguntou animada, o que fez a mulher estranhar, ela não era tão simpática assim.

─ Me preparando para explorar um Museu Mágico. ─ Rio brincou e a loira a olhou de uma forma julgadora.

─ Um Museu Mágico... ─ Repetiu as palavras. ─ Claro, senhorita "eu não estou obcecada por objetos mágicos e nem pela Agatha Harkness." ─ Yelena debochou de Rio, que apenas revirou os olhos, sentindo um arrepio ao ouvir o nome da mulher.

─ Pare de palhaçada, Belova. ─ Rio mandou. ─ E outra, nem sabemos se essa tal de Agatha Harkness existe. ─ Ela rebateu irritada.

A morena havia comentado sobre seus sonhos com a amiga. Para poder implicar com ela, Yelena procurou na internet algo sobre bruxas e por algum motivo o nome de Agatha apareceu e ela achou uma ótima oportunidade de infernizar com a Historiadora.

─ Não fui eu que topei fazer uma viajem para a Alemanha para ver um Museu que provavelmente só irão ter itens falsos para enganar clientes idiotas que acham que magia existe! ─ Yelena exclamou, e a amiga apenas a olhou indignada.

─ Então me acha idiota? ─ Rio perguntou magoada. ─ Só lembre que eu não coloquei uma faca no seu pescoço para vir comigo nessa viajem, eu nunca te pedi para estar aqui. ─ Confessou ela em um tom baixo, a loira apenas deu um sorriso debochado.

─ Eu só estou aqui para garantir que você não faça nenhuma merda.

─ Eu não estou aqui por causa dessa mulher, Lena, estou pelo trabalho. ─ Rio falou. ─ De fato eu sou apaixonada por tudo que envolve o oculto, mas eles me chamaram como historiadora, eu estou finalmente sendo reconhecida pelo meu trabalho. Eu sei que me acha louca, mas tente ficar feliz por mim. ─ Disse ela com o tom frio, Yelena apenas engoliu seco. Rio olhou para o seu relógio e percebeu que já estava quase na hora. ─ Preciso ir, até mais tarde.