O que você faria se alguém que amasse muito te pedisse para se desapegar e seguir sua vida sem ela? Essa resposta eu busco dia após dia a quase cinco anos. O meu grande amor foi tirado da minha vida prematuramente, e sem ter onde me segurar, eu come...
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Acordei atordoado e com uma máscara de oxigênio no meu rosto. Estava dentro de uma ambulância e percebi algumas pessoas estranhas em volta de mim. Fiquei agitado e as máquinas começaram a apitar. Um deles falou comigo, mas não entendia o seu idioma e fiquei mais nervoso ainda. Outro me pediu calma em inglês e fez algumas perguntas sobre movimentos. Respirei fundo e tentei mexer meus pés um de cada vez e senti ambos. Graças aos deuses. As mãos a mesma coisa, mas estava com um pouco de dor no ombro esquerdo e no braço. Vi sangue e minha roupa rasgada. Eu tinha um corte e uma gaze protegia o local.
Fui encaminhado para uma sala esterilizada, logo que entrei no hospital. Apaguei com a anestesia que me deram.
-Graças aos deuses você acordou, Stephan. – Peter e Suiene estavam no meu quarto e eu ainda estava grogue com os medicamentos. – Como você está se sentindo?
-Tonto e cansado. O que aconteceu? – Perguntei e vi eles trocando olhares. – Só lembro do esbarrão daquele infeliz, depois apaguei.
-Stephan, querido, você teve um impacto forte na barreira de contenção, mas uma peça do seu carro quebrou e deixou um corte grande no seu braço. – Olhei para o meu braço, o curativo pegava uma boa extensão do antebraço. - Você teve sorte que foi no braço, ou poderia ter sido fatal. – Ela tinha os olhos vermelhos pelo choro que derramou.
-E o Norton?
-Ele foi punido, mas, você vai perder a próxima corrida. Não tem possibilidade de se recuperar a tempo para a corrida da Bélgica. – Quando ele falou isso, pensei no meu namorado e tinha certeza de que ele estava surtando neste momento, acabei acelerando os meus batimentos cardíacos, causando um susto no meu irmão e na minha cunhada. – Stephan calma, você não pode se agitar. Acabou de passar por uma cirurgia.
-Cadê meu anel. – Olhei para a minha mão e não via o meu presente.
-Está guardado comigo. Você precisa que eu avise alguém? – Ele sabia que eu tinha um relacionamento, mas estava passando da hora de contar para ele quem era.
-Chama o Swayer. – Meu irmão arregalou os olhos pensando que ele fosse o meu namorado. – Nem pense nisso irmão. – Ele suspirou, mas o alívio dele seria breve. Um enfermeiro e um médico entraram e me explicaram que precisei passar por um pequeno procedimento cirúrgico para retirar o metal que tinha parado no meu braço. Me informou que não fui acertado em nenhum nervo. E logo eu poderia voltar para as minhas atividades normais. Eu ficaria mais um dia no hospital, e me liberaria para voltar para a minha casa.
Minha cunhada foi a uma cafeteria, meu irmão ficou no quarto, estava com o telefone na mão mantendo toda a equipe informada. Swayer bateu na porta e meu irmão confirmou que ele poderia entrar. O andar que eu estava foi preciso ter restrições de acesso, todo mundo queria notícia em primeira mão.
-Com licença. – Ele pediu.
-Pode nós deixar a sós, Peter. – Ele inclinou a cabeça. – Eu prometo conversar com você depois.