A Sala do Trono

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Reino do Norte – Noruega – Primeiro Ano do Rei Adônis.

O Cardeal estalou seus dedos finos e frios dentro da catedral, o som ecoando pelo ambiente silencioso como um presságio.

Sua preocupação era palpável, refletida em cada passo agitado que ele dava de um lado para o outro.

"A criança não deveria nascer," murmurou, a voz carregada de inquietação.

Sua mente estava em turbilhão, ciente das implicações que esse nascimento traria.

O estalar contínuo de seus dedos parecia sincronizar-se com a crescente ansiedade que envolvia todo o local sagrado.

A lua avermelhada lá fora lançava sombras longas e sinistras pelas janelas da catedral, intensificando a atmosfera de presságio e temor.

O Cardeal sabia que precisava agir, mas a incerteza e o medo do que estava por vir o deixavam paralisado por um momento.

Seu corpo estava frio e sua respiração descompassada. "Preciso raptar a criança e matá-la," pensou o cardeal, o pânico crescendo em seu peito.

Um ranger de porta interrompeu seus pensamentos.

Era o Bispo Fierg. "Excelso cardeal, me perdoe vir a essa hora aos seus aposentos, mas o Rei deseja falar contigo," disse o bispo, com um tom de urgência.

O coração do cardeal parou por um instante.

Ele já imaginava o assunto e sentia o peso das consequências iminentes.

O cardeal Branwen, com passos firmes, se dirige rapidamente ao palácio.

Seu manto vermelho ondula com o vento, refletindo a urgência e a determinação em seus olhos.

Os guardas e servos, ao perceberem sua aproximação, se afastam respeitosamente, cientes da importância de sua visita.

Cada passo de Branwen é carregado de propósito, enquanto ele atravessa os corredores adornados com tapetarias e pinturas antigas, seu destino final sendo a sala do trono, onde importantes decisões aguardam ser tomadas.

Branwen adentrou a sala do trono, o ambiente solene e imponente com suas altas colunas e tapeçarias ricamente adornadas.

"Branwen, como é bom te ver," disse o Rei com voz firme, sentado majestoso no trono. Seu olhar firme encontrava o de Branwen, cheio de expectativa.

O Cardeal começou a suar, a ansiedade manifestando-se em cada gota que escorria por seu rosto.

rapidamente pegou uma pequena toalha branca e enxugou o rosto, tentando ocultar seu nervosismo crescente.

O ambiente estava carregado de tensão.

"Branwen, o motivo de eu ter te chamado é simples," disse o Rei com um olhar firme.

"Você irá em uma missão ao reino oeste e se identificará como um exilado."

O Rei fez uma pausa, seus olhos avaliando Branwen com cuidado. "Suas roupas sagradas serão substituídas por trapos velhos," continuou ele, dirigindo-se ao cardeal. "Precisamos que você passe despercebido e obtenha as informações de que necessitamos."

A determinação do Rei era clara, e a sala do trono parecia silenciosa, aguardando a resposta de Branwen.

As implicações dessa missão eram profundas, e o disfarce necessário falava da gravidade da situação.

"Maldito sejas tu, Rei Adônis," pensou Branwen, frustrado, pois essa missão atrapalharia seu plano de matar a princesa.

"Como já deves saber," continuou o rei, "minha primogênita acabou de nascer, e algo grandioso está reservado para a vida de Annabell, a futura rainha do Reino do Norte."

Branwen sentiu um turbilhão de emoções.

Seus planos cuidadosamente arquitetados estavam em risco, mas ele sabia que precisava manter a calma e a fachada de lealdade enquanto tramava seu próximo passo.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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