A criança

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Reino do Norte – Noruega – Primeiro Ano do Rei Klaus

Nosso reino, majestoso e eterno, foi graciosamente esculpido pelos ventos ancestrais. Sobre um grande rochedo, ergue-se nossa fortaleza, desafiante às intempéries e ao tempo.

Abaixo de nós, o Mar das Aflições ruge incessantemente, suas ondas ferozes batendo contra a base do penhasco, ecoando a canção das almas perdidas.

Ao nosso redor, estende-se o vazio, uma vastidão gelada onde apenas os mais corajosos ousam aventurar-se.

Nossos ancestrais, guiados pela bravura e pela sabedoria, fundaram este reino inabalável.

Sob o domínio do Rei Klaus, a promessa de um futuro repleto de desafios e conquistas ressoa por todo o Norte, um testemunho da nossa resiliência e da nossa força indomável.

Mas essa história que acabo de contar-lhes é um passado que ficou em minha lembrança, pois o reino agora está mergulhado na escuridão.

Eu, bispo Hicks, escrevi esta carta antes de fugir dos carrascos do Rei Adônis, filho do Rei Klaus, que, de forma misteriosa, morreu.

Com a morte de Klaus, o trono foi assumido por seu filho, cuja perversidade não conhece limites.

Adônis, com seu coração envenenado pela sede de poder, transformou um reino outrora próspero em um campo de desolação e medo.

Meu relato é um aviso para aqueles que ainda carregam esperança em seus corações.

Lembrem-se do passado glorioso do Reino do Norte e lutem para que a chama da justiça não se apague completamente

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No Palácio Real

A criança nasceu.

"É uma menina," disse a criada com um tom de alegria contida.

A rainha, exausta e deitada na cama após o parto, lançou um olhar frio e distante. "Agora temos uma sucessora de puro sangue," disse ela com um tom de desdém, suas palavras carregadas de desaprovação.

Os murmúrios de surpresa e inquietação começaram a se espalhar pelos corredores do palácio.

A chegada da nova princesa, em vez de trazer a habitual celebração, gerou uma atmosfera tensa e desconfortável.

A criada, percebendo a frieza da rainha, baixou a cabeça e cuidou da recém-nascida, consciente da complicada dinâmica que se desenrolava diante dela.

A notícia percorreu os recantos do palácio, e os olhares curiosos e as conversas sussurradas só aumentavam a sensação de que algo sombrio pairava sobre o futuro da recém-nascida

A notícia chegou aos ouvidos do Cardeal, que logo foi tomado por um medo profundo.

"A criança da profecia acabou de nascer," murmurou, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.

Lá fora, uma lua avermelhada pairava no céu, lançando um brilho sinistro sobre o reino.

Era um presságio inconfundível de que tempos sombrios se aproximavam.

O Cardeal sabia que aquela lua vermelha marcava o início de uma era conflituosa, cheia de desafios e perigos.

O destino do reino estava prestes a mudar, e o nascimento da criança profética seria o catalisador para eventos que ninguém poderia prever.

A inquietação se espalhou como um fogo selvagem, e todos esperavam pelo que viria a seguir, com corações pesados e mentes atormentadas por incertezas.

A inquietação se espalhou como um fogo selvagem, e todos esperavam pelo que viria a seguir, com corações pesados e mentes atormentadas por incertezas

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