Depois de tudo, Kai levou a gente para casa. Eu ainda tava tremendo um pouco.
- Você está bem? (perguntou Kai)
- Estou...sim - respondi(tentando controlar meu tremor.)
Kai me olhou
- Vou te levar até a porta(disse ele).
Ao chegarmos à porta, Kai se virou para mim.
- Obrigado por hoje Kai
- Sem problemas,ruiva (respondeu ele, sorrindo)
E então, ele se aproximou e me deu um beijo leve na testa.
- Durma bem (disse ele.)
Eu fiquei surpresa com o gesto.
Então eu entro para dentro de casa vejo meu pai não estava com uma cara nada agradável- Posso saber onde você tava? - (perguntou meu pai, com uma expressão séria.)
- Pai...(comecei, sentindo-me nervosa).
- Eu fiquei preocupado com você, você tem noção de que horas são? (disse ele, elevando a voz.)
- Senhor, tenha calma, ela foi procurar o Billy (disse Amélia, intervenindo.)
Meu pai olhou para Amélia, surpreso.
- O que aconteceu com o Billy? - perguntou ele.
- Ele sumiu (disse eu.)
- E você foi procurá-lo sozinha? - (perguntou meu pai.)
- Não,eu..eu acabei encontrando o kai então ele me ajuda
-e quem seria esse?
-o filho do Gustavo seu amigo de infância
- Entendi.Você tá tremendo.Você tomou seus remédios hoje? (perguntou meu pai, preocupado.)
Eu olhei para baixo, sentindo-me culpada.
- Não... eu esqueci (disse eu. Meu pai) suspirou.
-Serena, você sabe que precisa tomar os remédios regularmente.
- Eu sei, pai. Desculpa (disse eu.)
-eu vou te ligar para terapeuta
-pai eu tô bem
-vai tomar um banho
Eu assenti, sabendo que não adiantava discutir.
Subi as escadas, sentindo-me exausta.
O dia havia sido longo e estressante.
Enquanto tomava o banho, eu não conseguia parar de pensar em Kai.
Seu beijo na testa ainda ardia em minha pele.
Eu me sentia confusa.
O que significava aquele beijo?
E por que eu me sentia tão atraída por ele?
Ao sair do banho, eu me sentei na cama
Billy vem até mim
-Billy Você quase me matou hoje(ele fica me observando)
Meu celular vibra era a Karina minha terapeuta
- Alô, Serena! Seu pai me ligou e disse que você teve um dia difícil (disse ela.)
- Sim...foi um dia longo (respondi.)
- Quer conversar sobre isso?( perguntou Karina.)
- Sim...
- O que está acontecendo? (perguntou Karina.)
- Eu comecei o dia basicamente sem tomar meu remédio, ok? Eu nunca mais tinha tido uma crise de ansiedade. O Billy fugiu,então eu fui atrás dele. Mas eu fui na faculdade,fiz minha matrícula...e você nunca mais teve tempo para a gente conversar
- E então,o que aconteceu depois? - (perguntou Karina.)
- Eu quase fui atropelada, mas o cara me ajudou (disse eu.)
- O cara? Quem é ele? (perguntou Karina.)
- O Kai.O filho do Gustavo, amigo de infância do meu pai (respondi.)
-- Ah, entendi. Por que não tomou o remédio hoje? - perguntou Karina.
- Eu queria testar. Eu tava me sentindo bem até o Billy sumir. Eu não queria que ele sumisse, ele é um dos meus bens mais precioso - disse eu.
- Entendo. Você queria ver se poderia lidar com o estresse sem o remédio. Mas o que aconteceu com Billy foi um gatilho para sua ansiedade, não é? - perguntou Karina.
- Sim... eu não consigo perder ele. Ele é tudo para mim - disse eu.
- Eu entendo. O Billy é um símbolo de segurança para você. Mas é importante lembrar que você não pode controlar tudo. E sometimes, mesmo com o remédio, você pode ter crises de ansiedade (disse Karina.)
- Sim...eu sei. Mas eu quero tentar novamente. Sem o remédio - disse eu.
- Serena,é importante discutir isso com seu médico.Ele pode ajudar a encontrar uma solução que seja certa para você - disse Karina.
- Sim... eu vou fazer isso( disse eu.)
-como alguma coisa e vai dormir amanhã a gente conversa!
-ok até depois Karina
-Até
Telefone foi desligado
Eu me sentei na cama, refletindo sobre a conversa com Karina.