Bad Buddy- Twilight Zone

Além das escadarias

Essa é a história de Pat e Pran dentro do contexto da minha fic Tic Tac Toe. Caso você não tenha lido essa história, aconselho que leia antes porque vão aparecer spoilers.

Apesar de ser uma fic independente, de certa forma ela está dentro do mesmo mundo da primeira história de Twilight Zone. Se você tiver curiosidade, adoraria te ver lá também.
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Obs:  Eu queria ter postado a história no dia 31/10/2024, porque este é um espaço para fazer minhas brincadeiras de Halloween, mas não deu tempo. Mesmo assim, espero que vocês consigam entrar no clima e se divirtam comigo.
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Introdução:

Na fic Tic Tac Toe, Pat e Pran são criados praticamente juntos desde o nascimento porque seus pais eram amigos e vizinhos. Um dia, quando eram crianças, os dois ficaram doentes, como foi dito pelas mães na Parte 72:

“Lembra quando os dois tiveram aquela febre? Eles não tinham nem dez anos ainda e ficaram uma noite inteira no hospital e minha vida parecia ter perdido o sentido.” A mãe de Pat falou e seus olhos encheram de lágrimas e Dissaya abraçou a amiga.”
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Pat abriu os olhos e ficou feliz pela penumbra, porque era muito chato ficar naquele quarto com aquela luz forte ligada o dia inteiro.

Ele lembrava de que, quando chegaram, sua cabeça doía muito e todo o seu corpo estava quente, embora sentisse muito frio. Pran também estava doente e as mães estavam angustiadas, pois a febre deles não baixava. Seu pai tinha ficado em casa cuidando de Pa, sua irmã, e o tio tinha dirigido até o hospital levando os dois meninos, a esposa e a vizinha.

O quarto tinha uma leve penumbra e uma luz arroxeada se esgueirava por debaixo da porta e mal iluminava o lugar, mas permitia que ele visse que, na cama do lado, Pran respirava baixinho, sua barriga subia e descia devagar. Pat se sentou rápido demais e sentiu as paredes girarem e ele segurou com força na maca. Quando a tontura passou, ele viu que não tinha mais ninguém no quarto além dos dois.

Sua mãe e sua tia tinham saído e isso o inquietava, ele não gostava de se sentir sozinho.

Não, ele não estava sozinho.

Pran também era seu vizinho no hospital e dormia ao seu lado, do jeito que deveria ser. Pat sorriu por um breve momento antes de franzir a testa novamente. Mesmo para um menino de sete anos de idade, sem muito entendimento do mundo, havia algo estranho no lugar.

“Pran?” Ele disse em voz baixa “Pran! Acorda!”

Pran resmungou e tentou se virar, mas o esparadrapo que segurava o soro em seu braço o atrapalhou e ele abriu os olhos, confuso sobre onde estava.

“Pran? Você acordou?” Pat mordia o canto da boca e balançava os pés para fora da maca.

“O que você quer, Pat?” Pran murmurou esfregando os olhos com uma das mãos enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

“Cadê a minha mãe?” Pat perguntou e o medo na voz dele fez Pran abrir os olhos de verdade e observar a sua volta.

“Eu não sei.” Pran sentou antes de responder.

“Cadê a sua mãe?” Ele insistiu e Pran balançou a cabeça de leve, negando saber a resposta.

Pran tentava enxergar na penumbra e forçava os olhos para decifrar o que era aquela coisa presa em sua mão, depois olhou para os seus pés descalços, que pareciam muito mais brancos do que o chão, fazendo um contraste estranho de cores.

“Por que elas deixaram a gente aqui?” Pat choramingou “Elas abandonaram a gente!?”

“Elas já vão voltar.” Pran respondeu o que achou que seria mais adequado, no entanto, seus olhos vasculhavam todo o lugar e sua voz hesitou e Pat percebeu.
 
“O que foi? O que você está olhando?” Pat perguntou apreensivo.