Aqui sou eu, quase dois anos depois de escrever essa porcaria que eu tinha coragem de chamar de "livro".Essa história me envergonha, os erros de português são grotescos e eu queria ter apagado permanentemente, mas como eu sei que uma ou duas pessoas podem ter gostado, não vou fazer nada desse tipo, só vou consertar algumas coisas quando sentir vontade.Quero findar essa história de uma vez e confesso que não vou me esforçar tanto no enredo.Prometo apenas algumas cenas bonitinhas e um lemon descente, coisa que aquela porcaria de primeiro "livro" não teve.Só isso mesmo, agradeço a compreensão.
-O que caralhos você quer de mim, Marcelo?!-Exclamava o Colucci, ainda trancado no quarto que dividia com o Okane, após receber a vigésima ligação de Marcelo da semana.Não estava aguentando mais, precisava descobrir o que seu progenitor queria consigo ou teria um treco, mas, ao escutar a voz rouca de Marcelo lhe dizendo aquelas palavras, sua garganta fechou.
-Eu estou morrendo, filho.-Afirma o homem de idade não tão avançada do outro lado da tela, a voz arrastada e claramente forçada a dizer aquelas palavras.
-...Quê?-Foi a única coisa que Luka conseguiu responder, se sentando na cama pelo baque que havia sentido ao ouvir aquela frase.Não sabia se sentia "alívio", já que não teria mais que se preocupar com Marcelo lhe perseguindo, ou se sentia um desconforto ao pensar no homem que tecnicamente o criou, morrendo.
-Foi o que você ouviu, Luka, eu estou morrendo.-Disse com a mesma voz arrastada, mas havia uma espécie de dramatização ali, como se estivesse sim mal de saúde, mas acima disso, como se quisesse algum tipo de piedade.-Leucemia.Estado avançado.
Não sabia como se sentir diante aquela situação, não sabia mesmo.Ainda existia a possibilidade daquilo ser uma mentira, mas..E se não fosse?Era frio ao ponto de não dar a mínima para a morte do próprio pai?Ou era frágil a ponto de sofrer pelo possível falecimento do homem que facilmente teria o deixado morrer se isso significasse fim de algum escândalo?Qualquer uma das opções parecia ruim e nunca quis tanto o apoio de alguém neste momento.
Não conseguiu concluir a ligação, a encerrou de imediato e atirou o celular na cama, sentando em posição fetal, as mãos no rosto e o coração batendo rápido.Queria tanto Okane agora.Mas claro, havia sido um idiota com ele e agora não duvidava nem um pouco que aquela vizinha descarada estava o consolando, o apertando naqueles braços magrelos e enfiando seu rosto nos próprios seios, como a bela vagabunda que era.Não poderia nem julgar Okane por cair nas garras daquela barata, era culpa dele mesmo por não definir apropriadamente o que tinham e, da mesma forma que as vezes o tratava como um namorado, agia como se não devessem satisfação um para o outro.
Nem percebeu quando lágrimas quentes começaram a escorrer de seus olhos e menos ainda quando sua respiração começou a ficar descompassada, o peito apertado e necessidade por ar crescendo e crescendo.A camisa parecia estar colada em seu corpo e ele tentou tirá-la, mas até desabotoar aqueles pequenos botões era complicado naquele estado.Fazia um bom tempo que não tinha uma dessas crisezinhas mimizentas.Se sentia tão fraco toda vez que isso acontecia, tão patético.
Se ajoelhou na cama e tentou buscar por algo que o distraísse, não ouvindo o barulho da porta sendo arrombada e mal enxergava quando braços fortes e quentes o envolveram com força e aquela voz firme, normalmente soando provocativa e galante, falando com calma e pura preocupação que ele deveria respirar calmamente, que tinha que se concentrar nele.Passou os braços ao redor dele quase em desespero, afundando o rosto no pescoço que exalava aquela colônia que Okane passava tão exageradamente, chamando atenção de qualquer um que passasse.Foi se acalmando gradativamente com o carinho que recebia nas costas e Murmurava entre soluços baixos.
-Fica..Por favor, fica.-A voz saía fraca e quase nula, mas Okane ouvia atentamente e se sentia infinitamente culpado por quase ter aceitado sair com Emilly, quem sabe o que poderia ter acontecido?-Me desculpa..Por favor..Eu sinto muito, Oscar.
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Eu Sou O Que Você Precisa
RomanceE depois de muitos pedidos-duas pessoas pediram-Eu resolvi fazer um segundo livro de "Talvez eu seja o que Você precisa". A ideia é ser uma história curta, com 6 capítulos, no máximo. A história passa em Nova York.Luka e Okane continuaram com uma r...