O futebol beneficente

25 3 0
                                    


Acordei cedo, sentindo uma energia contagiante. Hoje era um dia especial: um futebol beneficente para ajudar o Rio Grande do Sul. O sol já brilhava e eu mal podia esperar para estar no Maracanã, rodeada por amigos e pessoas que admirava. Após me arrumar com uma camiseta leve e confortável, peguei meu celular para dar uma olhada nas redes sociais. As mensagens sobre o evento estavam pipocando, e meu coração acelerou de empolgação.

Ao chegar ao estádio, fui recebida por um mar de repórteres e câmeras. O clima estava eletrizante! Cumprimentei alguns amigos famosos, como a Ludmila e o Diego Ribas, que estavam animadíssimos. Formamos uma rodinha e começamos a falar sobre a tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul e como esse jogo poderia fazer a diferença.

— É incrível como todos estão aqui para ajudar — disse Ludmila, com um brilho nos olhos. — Espero que possamos arrecadar bastante!

— Com certeza! E espero que esse jogo traga um pouco de alegria para quem precisa — respondi, sentindo a energia positiva no ar.

Foi então que vi um rosto familiar se aproximar: Filipe Luís. Eu o conhecia de vista, mas nunca havíamos conversado antes. Ele cumprimentou Diego e Ludmila com um sorriso largo, e quando soube que eu estava ali, veio até mim.

— Oi, Isis! Já vi suas fotos pela internet — disse ele, estendendo a mão para um aperto.

— Oi, Filipe! Que bom te conhecer — respondi, tentando não deixar transparecer o nervosismo. O abraço que se seguiu foi um pouco desajeitado, mas me fez rir.

Conversamos sobre o jogo enquanto a adrenalina crescia ao nosso redor.

— Você está animada? — perguntou Filipe com um sorriso curioso.

— Estou sim! Mas não sou exatamente uma expert no futebol — confessei, rindo da minha própria inexperiência.

Ele riu também:

— Não se preocupa! A gente vai se divertir. O importante é ajudar e aproveitar o momento!

O árbitro apitou e o jogo começou. O estádio parecia vibrar com a energia da torcida. A cada drible e chute, eu me sentia mais à vontade em campo. Tudo mudou quando Filipe me passou a bola com precisão. Eu não pensei duas vezes antes de chutar em direção ao gol. A bola entrou! A multidão explodiu em comemorações, e fui cercada por abraços calorosos.

— Você foi incrível! — gritou Filipe enquanto pulava de alegria.

— Eu não consigo acreditar que fiz isso! — respondi, ainda em choque.

O jogo continuou intenso, mas logo percebi que um jogador do time adversário estava vindo em minha direção para roubar a bola. Cometi um erro ao pisar em falso e senti uma dor aguda no meu joelho. Não queria deixar o jogo, então continuei tentando jogar até que a dor ficou insuportável. Me sentei no chão.

Filipe e Ludmila vieram correndo me ajudar.

— O que aconteceu? — perguntou Ludmila preocupada enquanto Filipe colocava a mão na minha cintura com cuidado ao me levantar.

— Meu joelho... está doendo muito — confessei, mordendo o lábio com a dor.

Eles me ajudaram a sair do campo enquanto pediam substituições. Sentada no banco dos reservas, Filipe se aproximou novamente:

— Você ainda está sentindo muita dor? — perguntou ele com uma expressão sincera de preocupação.

— Um pouco... mas acho que é só um susto mesmo — tentei tranquilizá-lo.

Ele pediu que trouxessem gelo para colocar na minha perna e se sentou ao meu lado:

— Olha só, você jogou muito bem! Eu realmente fiquei impressionado com aquele gol!

Eu sorri timidamente:

— Obrigada! Não esperava fazer isso hoje.

A conversa fluiu naturalmente entre nós; falamos sobre o jogo e as expectativas da festa pós-jogo que Ludmila estava organizando – ambos aceitamos o convite animados.

— Você gosta de festas? — ele perguntou curioso.

— Adoro! Principalmente quando é pra uma boa causa como essa — respondi entusiasmada.

Justo nesse momento, um repórter apareceu de repente perguntando como eu estava me sentindo agora. Respondi que estava melhorando um pouco e ele aproveitou para perguntar sobre meu gol.

Filipe me elogiou na frente da câmera:

— Ela jogou muito bem! Não foi só sorte, ela tem talento

O repórter se despediu rapidamente, deixando-nos à vontade novamente. Continuei contando histórias sobre minha infância como jogadora de vôlei e como havia passado pela cirurgia do ligamento rompido depois da lesão.

— Uau! Você realmente passou por muita coisa... Mas olha onde você está agora! Isso é inspirador — disse Filipe com admiração nos olhos.

No meio da conversa, ele pediu meu número de telefone:

— Posso te chamar depois? Seria legal manter contato — sugeriu ele com um sorriso tímido.

Com um sorriso tímido também, passei meu número pra ele:

— Claro! Vou adorar receber suas mensagens!

De repente, começou a tocar uma música animada – "Coberto de Orelha" – e não resisti em cantar junto com ele. Era divertido ver como ele se soltava também, os risos eram constantes entre nós.

Finalmente, o jogo chegou ao fim e todos começaram a se cumprimentar com entusiasmo pelas boas jogadas feitas em campo. Meu joelho já parecia estar bem melhor; talvez tivesse sido só um susto mesmo!

Quando todos começaram a se dispersar após as celebrações,

Filipe se aproximou novamente com um olhar gentil:

— Quer carona? Não quero que você force seu joelho ainda mais — ofereceu ele preocupado.

Eu agradeci pela oferta carinhosa mas disse que já estava melhor:

— Obrigada pela preocupação! Mas vou conseguir voltar sozinha mesmo assim.

Assim que deixei o Maracanã, meu coração estava acelerado não apenas pela adrenalina do jogo, mas também pela conexão inesperada que havia feito com Filipe Luís. Chegando em casa, comecei a me arrumar para a festa da Ludmila com um sorriso no rosto, mal podia esperar para ver todos novamente – especialmente Filipe.

Enquanto me olhava no espelho ajustando meu cabelo, não pude deixar de pensar:

"Talvez esse dia tenha sido mais especial do que eu imaginava."

Caminhos entrelaçados Onde histórias criam vida. Descubra agora