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PILOTO. Episódio 00. (Narrador Oniciente) 15.04.2024 (Segunda-Feira) ✈ São Paulo Capital (Brasil) ▋Lembranças.
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MUITOS FÃS SE PERGUNTAVAM O QUÊ PASSAVA NA CABEÇA de atletas olímpicos. Será que eles estavam refletindo sobre a vida e decidindo que iriam se aposentar? Será que eles pensavam todo o tempo em estratégias de equipe em como ficar melhores? Ou será que eles dedicavam seu tempo apenas treinando tanto, que o tempo de descanso era tão nulo quanto sua saúde mental? Boa parte, não estava errada. Mas os pensamentos de Rayssa Leal, skatista brasileira que representava o Brasil lá fora, e Helena Cecília, uma das citadas para estar dentro da equipe feminina do vôlei, era uma simples pergunta. Nada muito complexo. Não era nada qual realmente poderia mudar o mundo. Era uma pergunta que se baseava em pequenas seis palavras e quatro artigos.
O quê o amor vira quando chega o fim? Será que era como a luz no fim do túnel que os mortos tendem a ver? Será que seria uma grande repulsa pela parte do outro? Será que era apenas um engano? Será que havia realmente acabado?
Naquele momento, Jhúlia e Helena não faziam ideia que choravam em seus respectivos quartos ao mesmo tempo. Não faziam ideia que seus corações batiam acelerados na mesma sintonia. Não sabiam que as lágrimas caiam com a mesma potência pela bochecha uma da outra. Não sabiam o quê o destino havia preparado á elas; não sabiam se esse era o fim, ou apenas uma vírgula, um impasse. Mesmo que Rayssa Leal estivesse em Imperatriz e Helena Hoengen estivesse em São Paulo. A distância nunca foi um problema para elas. O verdadeiro problema sempre foi o pai de Cecília.
Rayssa passou todos esses meses questionando como um pai tão infernal e narcisista poderia gerar uma criança tão dócil e amável. Não entrava em sua cabeça como um pai queria tanto a infelicidade da filha. E Helena também não conseguiria formular uma resposta para as perguntas que se passavam na cabeça da morena, que eram as mesmas que se passavam na sua.
