Silent Cry (Minsung)

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A chuva caía pesadamente sobre as ruas de Seul, cada gota criando um ritmo constante que parecia sincronizar com o coração inquieto de Han Jisung. Ele caminhava sozinho pela noite fria, a cabeça baixa, as mãos enterradas nos bolsos do casaco. As luzes dos postes brilhavam fracamente, refletindo nas poças acumuladas pelo chão.

Jisung sempre foi bom em esconder o que sentia. Ele ria mais alto que todos, fazia piadas que arrancavam sorrisos, mas ninguém parecia perceber que, por trás daqueles olhos brilhantes, havia um peso que ele carregava sozinho.

Hoje, porém, ele não conseguiu manter a máscara. Era o aniversário de sua irmã mais nova, que ele não via há anos desde que partira para viver na cidade grande. A ausência dela sempre doía, mas essa noite parecia insuportável.

Foi então que Jisung ouviu passos atrás de si. Inicialmente, pensou ser apenas outro transeunte fugindo da chuva, mas os passos tinham algo familiar. Antes que pudesse se virar, uma voz ecoou:

— Você sempre some quando está assim.

Ele parou, os ombros tensionados. Virando-se lentamente, encontrou Lee Minho, seu melhor amigo, parado sob a chuva. Ele estava sem guarda-chuva, as gotas escorrendo pelo rosto, mas isso não parecia incomodá-lo.

— Minho... o que está fazendo aqui? — Jisung tentou disfarçar o tremor em sua voz, mas falhou miseravelmente.

— Você acha que ninguém percebe quando você está mal? — Minho deu um passo à frente, os olhos firmes. — Acha que eu não percebo?

Jisung desviou o olhar, incapaz de sustentar o peso daquele momento.

— Estou bem, sério. Só precisava de um tempo sozinho...

Minho suspirou profundamente, aproximando-se ainda mais. Ele estendeu a mão e segurou o braço de Jisung, forçando-o a olhar para ele.

— Você não está bem, e isso é normal, Jisung. Você não precisa carregar tudo sozinho.

O silêncio que se seguiu foi cortante. As palavras de Minho atingiram Jisung como uma onda, desmontando as barreiras que ele construíra ao longo dos anos. Sem aviso, lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Jisung, misturando-se com a chuva.

Minho, sempre tão firme e controlado, simplesmente o puxou para um abraço. Não disse nada, não tentou consolar com palavras vazias. Ele apenas ficou ali, segurando Jisung enquanto ele chorava

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