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Na manhã seguinte, o sol parecia zombar da tempestade da noite anterior, iluminando o pequeno apartamento de Minho. Jisung acordou no sofá, o cheiro de café fresco preenchendo o ambiente.

— Dorminhoco, tem café na mesa. — Minho apareceu na porta da cozinha, uma xícara em mãos.

Jisung se sentou, esfregando os olhos. O rosto ainda estava inchado pela noite de choro, mas, pela primeira vez em muito tempo, ele sentia-se um pouco mais leve.

— Minho... obrigado por ontem. — Ele murmurou, a voz ainda baixa.

— Não precisa agradecer. Você faria o mesmo por mim. — Minho deu de ombros, mas havia um brilho suave em seus olhos.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, o som do trânsito ao longe preenchendo o espaço. Jisung finalmente quebrou a tranquilidade:

— Eu sempre achei que, se eu não falasse sobre isso, as coisas iam desaparecer.

Minho riu, mas não de um jeito cruel. Era uma risada suave, quase compreensiva.

— Você é bom em fingir que está bem, mas nem você consegue enganar todo mundo. Pelo menos, não a mim.

Jisung sorriu pela primeira vez em dias. Ele sabia que o caminho ainda era longo, que as memórias e os sentimentos que ele guardava não desapareceriam tão facilmente. Mas, agora, ele tinha algo que não tinha antes: alguém que enxergava além do silêncio.

E, pela primeira vez, ele se permitiu acreditar que talvez não precisasse enfrentar tudo sozinho.

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Silent Cry (Minsung)Where stories live. Discover now