Os dias no castelo estava caótico para os trakais. Acostumados à vida simples e áspera de suas terras, eles agora se viam em um ambiente cheio de etiquetas e formalidades.
As empregadas do castelo pareciam achar graça de suas maneiras de se comportar. Cada movimento dos homens trakais era seguido por olhares curiosos e sorrisos mal contidos.
Kael e Eryan, em especial, pareciam se divertir com a atenção. Durante uma refeição no enorme salão de jantar, as empregadas se aproximaram para oferecer pratos sofisticados que os trakais mal sabiam pronunciar.
Kael aceitou uma taça de vinho com um sorriso presunçoso, piscando para uma das jovens que servia. Ela corou, desviando o olhar. Eryan, por sua vez, devorava um pedaço de carne com as mãos, ignorando completamente os talheres à sua frente.
— Eles esperam que a gente comacom esses pauzinhos brilhantes? — perguntou Eryan, levantando o garfo com desdém.
Kael riu, apontando para o prato de porcelana.
— Isso aqui não vai durar um dia nas nossas terras. Um prato desses seria esmagado na primeira refeição.
Enquanto isso, Jungkook observava a cena em silêncio, sua expressão séria, diferente da animação de seus companheiros. Ele sabia que aquela desconexão cultural era apenas um lembrete do abismo que existia entre os trakais e os florenzianos.
A refeição foi interrompida por risadas contidas de um grupo de empregadas que observava a mesa, elas não estavam necessariamente rindo deles elas o achavam fofos e engraçados.
Jungkook lançou-lhes um olhar afiado, mas elas apenas sorriram, achando graça em sua postura rígida.
— Eles são como bebês — Falou uma delas sussurrar, embora sem malícia evidente.
Jungkook bufou, levantando-se abruptamente da mesa.
— Continuem rindo — murmurou ele. — Isso aqui é um jogo para vocês.
As palavras foram o suficiente para silenciar o grupo, embora seus sorrisos permanecessem.
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Mais tarde, Jungkook percorreu os corredores do castelo, seus pensamentos fixos em Taehyung. Ele o viu apenas brevemente desde que chegaram, e a ausência do rei o incomodava mais do que queria admitir. Enquanto andava, as tapeçarias luxuosas e os vitrais coloridos ao seu redor pareciam sufocá-lo.
Esse lugar não era seu. Não era para ele.
Virando uma esquina, seus olhos finalmente captaram uma figura familiar.
Taehyung estava à frente, rodeado por anciões e guardas, com uma pilha de papéis em mãos. A testa franzida e os movimentos rápidos denunciavam seu estresse.
— Taehyung! — chamou Jungkook, sua voz ressoando pelo corredor.
Taehyung nem sequer olhou para trás, completamente absorto na conversa com seus conselheiros.
— Taehyung! — Jungkook insistiu, aumentando o tom.
Dessa vez, um dos guardas olhou para ele, mas o rei continuou andando, ignorando o chamado.
Jungkook cerrou os punhos, frustrado. Ele sabia que Taehyung o tinha ouvido. Essa indiferença deliberada era irritante e, ao mesmo tempo, profundamente familiar. Taehyung sempre jogava esse jogo, mantendo uma distância que parecia calculada.
Kael apareceu ao lado de Jungkook, observando a cena com um sorriso irônico.
— Ele está muito ocupado para você, meu amigo. Um rei tem prioridades, sabia?
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O Líder Trakai e O Rei cruel_taekook
FanficO império de Florensia prosperava sob os pais de Kim Taehyung até que uma emboscada durante uma caçada em Miryang os matou, deixando-o órfão e herdeiro de um trono ameaçado. Em busca de aliados para enfrentar a guerra iminente, Taehyung descobre que...