003 - Almoço

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Todos Pov's

A batalha terminou e fomos comer algo. Os meninos estavam conversando sobre quem ganharia uma batalha de SLAM.

- Porque vocês não fazem e eu e o Lino vemos quem ganha? - Ela fala depois de engolir o pedaço do seu podrão.

- Apoio. - Lino diz bebendo coca.

- Bora então. Vamos tirar ímpar e par.

Quem ganha no jogo pra decidir é Donaldo.

- Eita, começa aí.

Após a menina falar, o garoto jovem abaixa a cabeça e fica pensando, mas logo fala.

- Sabe, eu vi armas contra o meu cabelo armado e flores contra o cabelo alisado. Eu sinto no meu peito balas. Vejo que quando eu disse que queria ser médico, me parabenizaram: primeiro médico negro que eu conheço, eles disseram. Mas quando disse que viveria da arte, eles falaram que era imaginação. Tentaram até destruir o meu sonho, sem saber que ele já estava destruído. Aê, irmão, me diz, quando foi que tu sentiu que o mundo caiu nas suas costas?

Com o término do verso, chega a vez do Guri.

- Eu nunca vi o mundo cair nas minhas costas, eu vi a casa, é que sabe como é né, ter que pagar pra ter moradia é a vida do Brasil. Você viu armas contra o seu cabelo, eu vi cortes contra as minhas veias. Você ouviu primeiro médico negro, eu ouvi Miles Morales sem teia. Sabe, fui o primeiro herói do meu primo, ele também não teve pai. Olha a situação, da família que eu vim é cultura isso aí de abandono, mas a família da rua, é cultura o patrono!

- Aiii...acabou comigo em Guri! - Cristiano coloca a mão no peito.

- Bom, vamos decidir.

Katrine puxou Lino para o canto e decidiram que o vencedor era o Guri.

- Ha! Eu sou demais. - Eu ri.

Ficaram conversando zoando, sem perceberem a hora passar.

- AI MEU DEUS! MINHA MÃE VAI ME MATAR! - Katrine disse olhando no telefone.

- Tá poxa, bora e sem migué! - Lucas lembra.

- Aí gente, foi muito bom falar com vocês, um dia dessas a gente se vê!

Katrine se despede deles de forma rápida.

Katrine Pov's

- Minha mãe vai me matar Guri! - Falo, eu estava nas costas dele, invés de Uber, quis ir de metrô, queria gastar tempo com ele.

- Ah, para! Confia no Joãozinho que tá tudo certo! - Ele diz confiante.

- Ah, isso é porque não é você que vai ouvir ela reclamar depois.

- Silêncio menina barro!

Ele me levou pra casa, foi bom, o metrô estava praticamente vazio e ele ficou rimando lá, logo chegamos no portão.

- Tchau Cruello! - Falo abraçando ele, mais a cintura, porque o menino pra ser alto.

- Tchau menina barro! - Ele diz rindo. - Aí, o ano letivo está acabando, podia passar as tuas férias em São Paulo, o que acha? - Ele propõe.

- Barreto me disse o mesmo por mensagem, teria que ver isso com a minha mãe, ela tem muito medo que eu não queira mas viver com ela.

- É compreensível, mas é melhor entrar, está tarde.

Fizemos um toque.

- Não, pera aí. É assim... - Ele me ensina e eu faço.

Logo eu entro.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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Espinhos de uma Rosa, Luzes de um GirassolOnde histórias criam vida. Descubra agora