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NANCY ARIZONA

— Tem certeza que vai? — Minha mãe passou suas mãos pelo meu rosto. Seus olhos estavam marejados.

— Tenho mãe. — A respondi firme.

— Você é muito jovem pra morar sozinha ainda, meu bem. — Mamãe disse olhando em meus olhos.

— Sou muito mais velha do que você pensa, tenho mentalidade o sulficiente pra morar sozinha. Já tenho 16 anos mãe, sei me virar, sempre me virei — Dei um passo pra trás.

Minha mãe olhou em meus olhos, de uma maneira que quase me fez mudar de ideia quanto a minha viagem. Só quase.
Eu não queria deixá-la aqui sozinha, mas sei que ela vai ficar bem, e sempre que der eu venho visitá-la. Eu preciso seguir minha vida, meus sonhos, e eu não vou conseguir isso se continuar presa a ela, ao meu passado.

— Eu te amo, filha. — Minha mãe abriu seus braços.

A abracei fortemente, sentindo seu cheiro doce. Sempre me lembrarei dele.

— Eu te amo mais.

Me soltei de seus braços, segurei minhas malas e sorri para minha mãe.

— Promete que me liga quando chegar? — Mamãe disse enxugando suas lagrimas com um sorriso sutil.

— Prometo — Sorri para ela.

— Vai com Deus filha, o mundo é seu! — Um sorriso orgulhoso escapou de seus lábios.

Assenti com a cabeça. Fechei meus olhos e respirei fundo.

Assim que pisar fora daqui não tem mais volta, é ir ou ficar, e entre ir e conquistar tudo oque quero, ou ficar e não correr atrás do que sempre sonhei, eu escolho a mim mesma, escolho meus sonhos, escolho ser feliz.

Dei tchau para minha mãe com minha mão. Ela fez o mesmo.
Abri a porta de casa e saí. O taxi estava me esperando a frente para me levar até o aeroporto.

Vida de fama, aqui vamos nós atrás de você!

Entrei no carro, fechei a porta e o motorista colocou minhas coisas no porta malas.

— Aeroporto, certo? — Ele questionou.

— Certo! — Sorri pra ele.

Ele acelerou o carro e seguimos para o aeroporto.

Meu sonho desde criança é ser cantora, vi uma possível oportunidade quando meus antigos amigos decidiram criar uma banda, mas tive que vir pra Califórnia, então derrepente a única oportunidade que eu enxergava fugiu. Ah, falando nos meninos, como sinto falta deles... A banda deles está fazendo sucesso, estou orgulhosa deles! A última vez que tive contato com eles foi em 2004, conversei com todos eles, menos com Tom. Acho incrível como ele teve a capacidade de fazer eu me sentir culpada por uma coisa que eu definitivamente não tive culpa. Desde que fui embora ele não falou mais comigo, mas vir pra cá não foi uma escolha minha, e eu sei que ele sabe que se eu pudesse teria ficado com eles, mas como sempre, Tom é muito orgulhoso pra admitir que eu não tenho culpa em tudo isso e vir falar comigo. Sinto falta dele.
Mandei uma carta pros meninos a dois dias atrás, não sei se eles viram, não sei nem se chegou, mas espero que sim.

Meu celular tocou. Logo o atendi. Louis?

— Oi? — Disse confusa ao atender o telefone.

— Nancy, temos más notícias. — Louis disse parecendo decepcionado.

Louis é meu produtor, dono da gravadora pra qual eu trabalho.

— Oque houve? — Perguntei preocupada.

— A gravadora irá fechar por conta de alguns problemas. Seu contrato está cancelado, Nancy. — Louis foi direto.

Derrepente senti um nó em minha garganta, acompanhado com uma vontade imensa de chorar. Não pode ser!!!

— Como assim? Não pode acabar assim derrepente! Eu preciso de tudo isso! Louis, tente resolver os problemas, você mesmo diz que tudo que dá errado sempre tem uma maneira de dar certo, então por favor, tanta salvar meu contrato! Eu te contei dos meus sonhos, sabe que eu preciso continuar aí! — Disse desesperada.

Não posso perder tudo oque eu já fiz até agora assim.

— Sinto muito, Nancy... — Sua voz era triste.

— Louis! — O chamei.

Olhei meu telefone vendo ele ter desligado.

Porque comigo? PORQUE COMIGO?!

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⏰ Última atualização: Nov 24 ⏰

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