Fazenda Harkness - Agathario

Capítulo 01

Pov Rio;

-mas que inferno!.-ouvi minha mãe dizer do lado de fora de casa e corri para ver o que era.

-o que aconteceu, mãe?. - minha mãe recolhia as roupas do varal que estavam completamente sujas de terra. - quem fez isso?.

-Maldita!.-minha mãe nem me respondia, olhava furiosa para a cancela do outro lado da estrada de chão com uma enorme placa de madeira;"Fazenda Harkness".

Agora a porteira não estava mais fechada,o que me surpreendeu muito, já que desde que nasci não ia ninguém aquela fazenda,e o pouco que eu sabia era de como as pessoas daquela família eram rudes. Olhando para lá,avistei uma mulher de cabelos castanhos médios cavalgando em seu cavalo, que a cada galope levantava poeira.

-Quem é ela, mãe?.-cheguei próxima a minha mãe.

- Agatha..." Agatha Harkness".-senti a fúria na voz de minha mãe. - parece que agora a herdeira veio fazer o legado de sua mãe e seu pai, é arrogante igual a eles.-pegou a última roupa do varal.

-ela fez isso com você?.-senti raiva da inconveniência daquela mulher, quem ela acha que é?.

-não importa, minha filha. Mas eu preferia que ela não vinhesse aqui,infelizmente ela é dona de tudo. - minha mãe girou o dedo no ar.

-tudo o que?.-fiquei confusa.

-não importa, filha! Tenho muito a fazer.- minha mãe me ignorou e entrou para dentro de casa.

Fiquei alguns segundos observando o enorme casarão da fazenda ao lado; isso nao fica assim. Reuni toda raiva que estava e fui em direção a propriedade, estava fulminante de ódio, não deixaria uma mulher rude dessa destratar minha mãe.

Atravessei toda enorme plantação de eucalipto que fazia um enorme corredor até chegar em sua porta. Assim que parei com meus dois pés diante da porta, bati fortemente e ela foi aberta rapidamente.

-o que deseja, senhorita?.-uma mulher de por volta de 1,65 de altura, pele branca, cabelos castanhos médios preso em um coque estava parada em minha frente. Vestia uma blusa xadrez com os primeiros botões abertos, uma calça jeans colada e uma bota.

-vai dizer o que quer ou vai ficar me encarando, tampinha?.-após o seu desquerido apelido, me lembrei do por que de estar ali e a raiva que sentia.

-Por que você colocou seu cavalo para jogar terra nas roupas de minha mãe?.-esbravejei com um dedo para cima.

-você é filha dos Vidals?.-sua sobrancelha se levantou e um sorriso de canto de boca brotou em seus lábios.

-Sim,e você jogou terra em minha mãe, senhorita arrogância!.-apontei o dedo em seu rosto.

-não sabia que tinham uma filha tão bonita.-me olhou de cima em baixo.-como é seu nome, latina?.-colocou sua mão no batente da porta e me olhou perversa.

-não lhe interessa, estúpida!.-a empurrei.

- Rio!.-ouvi o grito da minha mãe do outro lado da estrada.

- Rio...nome bonito, princesa.-ouvi uma risada sair de sua boca.

-Me deixa em paz,e isso ainda não acabou, babaca!.-me virei e sai rápido voltando para casa.

-Você enlouqueceu, filha? O que estava fazendo lá?.-minha mãe parecia brava.

-vai deixar aquela mulher fazer o que quer aqui?Não mesmo!.-proferi irritada.

- Rio, não procure confusão com aquela mulher, evite qualquer contato com ela.-minha mãe segurou minhas mãos.

-Se isso é tão importante assim.-dei de ombros e sai.

Ja era por volta de 6 horas da tarde quando fui me arrumar, tinha combinado de encontrar Alice e lilia. Adoravamos sentar em redes que ficavam na área da casa de Alice e conversar trivialidades até altas horas.

Coloquei um vestido verde com estampas de flores brancas, o vestido começava apertado em meus seios e era rodado nos quadris, soltei meu cabelo e coloquei uma sandália simples.

-Estou indo na lilia, mãe.-avisei passando pela sala dando um beijo na testa de minha mãe e meu pai.

-cuidado, querida.-papai me deu a bênção e eu sai de casa.

Assim que estava em uma distância considerável da minha casa, vejo uma hilux indo na direção contrária da minha.

-Onde vai tão linda assim, latina?.- Agatha desceu o vidro do carro e ficou me olhando.

-Tem como ser menos inconveniente, sua idiota?.-revirei os olhos e segui, entrei praticamente correndo na fazenda de lilia.

-tava correndo vaquejada, peoa?.- Jennifer ironizou me vendo ofegante e suando.

-longa história.-me joguei na rede junto com elas.

-só estava esperando você chegar para contar um baita babado.- Lilia deu três tapas frenéticos na соха.

-pois não faça suspense, diga logo!.-eu e Jennifer nos sentamos olhando atentas para nossa amiga.

-então, meu pai disse que a filha dos Harkness voltou para Água azul,e certamente assumiu os negócios dos pais.-contou intusiasmada.

-O que? Uma Harkness?.- Jennifer colocou a mão na boca.

-Ouvi dizer que ela gosta de mulheres,e é um baita partidao...e eu estava pensando, Riozinha está- arregalei os olhos.

-nem termine isso!.-fechei o cenho.

-a fazenda de café deles é a mais conhecida nas cidades grandes, Agatha tem muito dinheiro,é perfeita para você.-Jennifer falou em tom divertido.

-Minha mãe me mataria, aquela mulher jogou terra em nossas roupas hoje.-revirei os olhos relembrando o momento.

-Que romântico, a fazenda dela é de frente a sua.-lilia ria do meu desgosto.

-Vamo parar de falar dela, tá?.-me irritei pela insistência das meninas no assunto.Engatamos outros assuntos na conversa, o maior assunto da noite foi sobre a enorme paixão que lilia tem pelo meu irmão John. Eu adorava aqueles momentos com elas, de conversar e distrair a mente mesmo que não pudesse demorar muito ali.

-bom, menina, tenho que ir embora.-me levantei da rede.-amanhã terei que ir bem cedo ao riacho lavar alguns vestidos meus.

-Amanhã não esqueça de nos encontrarmos novamente.-me deram um abraço apertado.

-não me esquecerei.-acenei para elas e sai da fazenda.

O trajeto era curto até minha casa,já estava escuro e como não havia postes de energia eu teria que andar muitíssimo rápido.

Dei graças à Deus de não ter encontrado com Agatha no caminho até minha casa, realmente não sei o que faria se ela me importunasse mais uma vez. Entrei em casa e meu pai e minha mãe já dormiam,só meu irmão que estava lutando para manter a Tv ligada; passei direto para meu quarto e quando acendi a luz havia uma rosa em minha cama.