Brilho Ao Redor

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Este capítulo é dedicado a minha amiga Viollet Marquês . Obrigada fofa, por estar acompanhando e apoiando esta história sempre, e ainda mais por ter feito esta capa linda para a história. E claro, principalmente por ser uma escritora maravilhosa, me dando a oportunidade de ler as suas obras fantásticas.

Boa leitura a todos, pois como prometido, aqui está mais um capítulo. Demorou bastante desta vez, mas acho que ele ficou satisfatório. A quem estiver lendo estas notas, agradeço desde já pelo apoio, pois um autor sem seus leitores não é nada. Nos vemos lá em baixo ;)

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Ainda um pouco entorpecida pela dança e pela sensação dos lábios de Ian sobre minha pele, sou conduzida firmemente ao seu lado, e atravessamos o salão sem sermos notados. Todos os seus ocupantes pareciam ter se concentrado em um único ponto, em frente à mesa dos reis, e as poucas pessoas que notaram nossa fuga, nada fizeram ou só acenaram simpaticamente.

Ian e eu entramos em um dos corredores adjacentes ao grande salão, não o mesmo do qual que viera, constato, uma vez que as portas deste novo corredor são todas feitas de ouro maciço e reluzente. Algumas possuem ainda entalhe de pedras preciosas, é em uma destas portas, onde grandes jubas de leão lambem a superfície de um diamante intrincado a superfície do metal precioso, que entramos.

O ambiente em que adentro possui iluminação parca, somente alguns candelabros fixados a suportes nas paredes vinho estão acesos, de modo que quase todo o recinto é coberto por um manto de sombras amedrontadoras.

Aperto um pouco mais a mão que se prendia a de Ian, tentando puxar daquele pequeno contato a força necessária para enjaular meus fantasmas interiores, e extremamente dolorosos, que aquelas projeções de escuridão no carpete caramelo queriam infiltrar em minha mente.

Parece ajudar como nada nunca em minha vida ajudou.

O ambiente é menor em tamanho que meu quarto, e mais modesto em luxos que qualquer outro lugar no castelo. Somente uma cama de dossel branca, encostada a uma das paredes nuas cor de sangue e uma parede de livros que dominava tudo ao redor.

A nossa frente, erguia-se uma janela, que repousava aberta, suas cortinas azul-marinho dançavam ao redor da abertura conforme o vento frio e cortante a atravessava. E é em frente a esta janela que Ian nos faz parar.

- Para chegar neste lugar em que desejo levá-la – ele murmura ao erguer os olhos pela primeira vez na minha direção – Temos que sair por aqui.

- Pela... janela?- indago um pouco amedrontada.

- É a única forma de chegar lá sem sermos vistos. – explica – Mas é seguro, e vou lhe mostrar.

Com sua mão livre, ele puxa uma corda gasta pelo tempo que parecia estar escondida sobre o parapeito da janela e a puxa com força, testando-a para ver se ainda era firme o suficiente para o que ele desejava fazer.

- Do outro lado tem uma grande árvore, que está plantada ali desde que eu era pequeno... – ele explica enquanto solta sua mão que ainda permanecia presa a minha a solta e agarra a corda gasta com as duas mãos. Ian sobre no parapeito da janela e se inclina para a escuridão tangível do lado de fora. – Assim que eu me soltar aqui, vou ser empurrado à frente, e cairei sobre um dos galhos mais fortes da árvore. É seguro, eu garanto.

Engulo em seco, minhas mãos suando frio com a ideia de me aventurar neste mar de escuridão, sem saber o que havia a frente e, principalmente, sem saber o que havia a baixo.

- O quê tem aí em baixo? – indago ao apontar para o poço de sombra que era o chão invisível.

Ian solta uma risadinha travessa e me encara, divertido.

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⏰ Última atualização: Jul 27, 2015 ⏰

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