Parece que voltei ao activo. Desculpem ter estado sem escrever tanto tempo, aqui vai outro capítulo. Obrigada por votarem, lerem, adicionarem... Continuem a fazer.
Espero que gostem!Capitulo 7
Já se tinham passado 5 dias. 5 longos dias desde aquela discussão em casa do Harry, 5 dias infernais sem o ver.
Bloqueava e desbloqueava o telemóvel na aula secante do senhor Jarvis áspera de uma única mensagem, mas nada. Parecia que nada tinha sido real. Que nada tinha passado de um sonho.
Escrever nova mensagem
"Olá. Harry nós não podemos ficar assim. Por favor diz me alguma coisa." Apagar "Olá. Harry eu acho que estás a ser muito infantil! Apenas fala comigo!" Apagar "Olá. Harry desculpa me! Eu devia ter saído antes! Tens razão, volta para mim" Apagar apagar apagar! Ugh!
1 mensagem não lida
Número desconhecido: Tudo bem? Estava a pensar sair hoje e lembrei me de ti!
Eu: Deve ser engano.
Número desconhecido: Haley certo?
Eu: Sim
Número desconhecido: Não me enganei então. É o Dylan, o amigo do Harry que te deu boleia no outro dia
"Dylan? Como raio é que ele tem o meu número?"
Eu: Ah... Não estou com muita vontade de sair, desculpa.
Dylan: Por favor, prometo que te vais divertir, e se não queres divertir então prometo que não vais.
"Se calhar leva me a discoteca do Harry e lá podemos falar..."
Eu: Esta bem então, onde nos encontramos?
Dylan: A porta da tua faculdade?
Eu: Ok
Olhava para o relógio sem encontrar a hora de sair daquela sala e ir ver o Harry. Precisava tanto dele, de ouvir a sua voz, de sentir o seu toque, de cheirar o seu perfume doce... Queria-o tanto.
Finalmente tocou fazendo me quase correr até a entrada. Procurei pelo carro do Dylan, mas sem resultado. Meia hora se passou e eu continuava plantada à espera de um carro aparentemente fantasma.
Mensagens
Eu: Onde estás? Estou à tua espera na entrada.
Mais meia hora se passou e nem o mínimo sinal do Dylan. Decidi sentar me visto que já todos tinham ido embora menos os estudiosos na biblioteca.
Atingi o limite quando se passaram duas horas e céu já estava demasiado escuro, pelo que decidi ir a pé para casa. Mal me levantei o carro do Dylan pára à minha frente.
-Então tudo bem?- Pergunta com um sorriso idiota na cara.
-Fiquei horas à tua espera o que achas?!
-Desculpa, fui beber com uns colegas meus e atrasei me. Entra.- Entrei no lugar do passageiro a borbulhar de raiva. O cheiro a álcool já se notava nele como da primeira vez que o vi.
-Então onde vamos? Eu nem estou vestida para festas.
-Isso depende se te queres divertir. Eu tenho só de passar pela minha faculdade primeiro, espero que não te importes.- Sorriu a olhar para a estrada.- Depois podemos fazer o que quiseres. - "Ele ainda está na faculdade?" Pensei automaticamente assim que pronunciou a palavra. Não respondi. Apenas esperei que chegássemos lá.- Aqui estamos. Vamos entrar?
-Claro.- Saímos do carro. O Dylan chegou se ao pé de mim e então reparei na sua camisa branca engomada e nos seus sapatos de vela. O seu cabelo não estava despenteado como era costume, estava arranjado.- Isto é algo importante?- acabei por perguntar.
-É só uma formalidade. Uma pequena entrega de prémios. Não deve demorar muito porque já começou.- Riu-se. Entramos pela escola e sentamo-nos numa das cadeiras expostas enquanto um senhor alto, careca e bem bem vestido estava a falar.
-Agora para melhor escritor finalista Dylan Collins.- O Dylan imediatamente se levantou para receber o seu prémio. "Escritor?" Nada do que estava a acontecer fazia sentido. Como é que aquele alcóolico está numa faculdade? E ganha prémios? Que se está a passar? Foi então que quando sai do meu trance ouvi poesia. Linda poesia vinda do Dylan. O género de poesia leve e profunda que conseguia chegar a nós e explorar as nossas emoções mais profundas.
-Vamos?- O Dylan quase que corria até a mim. Eu ainda estava sem palavras.
-Sim... - O Dylan? Este Dylan um poeta? E talvez... Bom aluno?
-Queres passar por casa primeiro? Estava a pensar ir a discoteca. A do Harry, tu sabes qual é.
-Não. Acho que não é preciso. -Na pequena viagem de carro fui falando com o Dylan. Descobri que ele é um ótimo aluno, que entrou em medicina porque o pai queria, mas que o que ele realmente queria seguir era escrita por isso voltou atrás e perdeu uns anos. Ele e o pai não se davam bem, por isso arranjou um emprego e vive sozinho desde que decidiu mudar de curso. Cada vez que ele falava eu criava uma maior empatia com ele. Até que chegamos e paramos de falar.- Olha está ali o Harry. - Mais uma vez era como se não existisse. O Harry estava ali, sentado com duas raparigas. Eu era mesmo apenas só mais uma.-Harry!- chamou-o.
E então algo me possuiu. Virei o Dylan para mim e beijei-o intensamente, com a mão no seu cabelo enquanto as nossas línguas se acariciavam mutuamente. O beijo parou e o meu olhar foi para o Harry que nos olhava com raiva. Um sorriso criou se nos meus lábios.
"Boa."