A minha visão mostrava aquele líquido preto brilhante misturado com aquele sangue. Tudo parecia tão nostálgico, comecei a ter uma sensação de deja vú naquele momento. Até que repentinamente o lado direito do meu olho começou a jorrar sangue, foi aí que eu vi um amigo meu de infância chamado Marcelo. Ele estava em uma paisagem que parecia muito com algumas imagens as quais retratam o que chamam de inferno. Ele sorria pra mim, enquanto carregava o corpo daquela mesma mulher que havia sido morta há pouco tempo.
Foi aí que escutei o alarme do celular tocando, aquele alarme irritante da samsung me acordou. Eu não estava sonhando, mas, graças ao acontecimento, acreditei que estava. Ao acordar eu fiquei pensando muito naquele sonho, muito mesmo, anotei algumas coisas, mas acabou que eu esqueci.
Algum tempo depois encontrei as anotações, nem me lembrava delas. Eu não havia anotado algumas coisas, eu havia anotado dezenas de folhas e havia nomeado tudo de Universo 047. Quando fui ler, vi que era um livro de poemas, achei tão esquisito pelo fato de eu nunca ter lido um livro de poemas, eu odiava poemas. Por qual motivo eu havia escrito um livro de poemas? Eu não entendia naquele momento.
