AVISO: ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS HOT 🔥⚠️
Must be love on the brain
(Deve ser amor no cérebro)That's got me feeling this way (feeling this way)
(É isso que me faz sentir assim (sentir assim))POV MON
O ar no hotel parece mais denso do que deveria à cada passo que dou pela recepção carregando de um peso que não consigo descrever, como se estar ali fosse um lembrete de tudo o que aconteceu - e do que está por vir. Tee caminha ao meu lado, sua expressão mais fechada do que o habitual, a ordem judicial em sua mão é como um símbolo de nossa determinação em expor Nop, e o que, ou quem quer que esteja por trás de seus negócios.
- Vamos ser rápidas - murmuro para Tee. - Não quero que nada pareça uma provocação.
Ela assente, mas antes que possamos avançar para o balcão, o som conhecido do salto fino ecoando pelo mármore do vasto saguão chama minha atenção.
É ela.
Sam entra na recepção, acompanhada de sua usual presença marcante. Está impecável em um conjunto de alfaiataria cinza claro, cabelos soltos em ondas perfeitas. Seu olhar escuro como a noite encontra o meu por um breve instante, e sinto o mundo desacelerar. É a primeira vez que nos vemos desde... desde então. Seu rosto não demonstra surpresa, mas há algo em seus olhos - um misto de desafio e curiosidade, algo que pela primeira vez não consigo decifrar, o qual é substituído por um sorriso afiado que não alcança os olhos.
- Mon, Tee. - Sua voz é calma, controlada, como se estivesse apenas cumprimentando velhas amigas. - O que posso fazer por vocês hoje?
- Estamos aqui em uma investigação oficial - digo, pegando firmemente a ordem judicial da mão de Tee e entregado à Sam. - Temos autorização para uma visita formal pelas instalações.
Sam dá um passo para o lado, gesticulando como se estivesse nos convidando a explorar todo o hotel.
- Fiquem à vontade - diz ela, com uma calma que quase me irrita. - Não temos nada a esconder.
Seus olhos encontram os meus novamente, e por um segundo me pergunto se há um significado oculto em suas palavras, mas antes que eu possa responder, ela se vira para a recepcionista e murmura algo. Logo depois, desaparece por um corredor deixando para trás apenas o impacto de sua presença que é quebrado quando Tee toca meu braço.
- Está tudo bem? - ela pergunta.
- Sim - minto. - Vamos começar.
POV TEE
Se Mon está bem, ela está disfarçando perfeitamente, e não serei eu quem irá questionar qualquer coisa, mas é inegável que o jeito como seus olhos seguiram Sam pela recepção foi tudo, menos profissional, era como se houvesse um imã que a guiasse em direção a mulher imponente que havia se apresentado à poucos minutos à nossa frente, mas não haviam maneiras de perguntar o que havia acontecido ali e sabia que mesmo que houvessem, Mon jamais iria admitir.
O dia seguia tranquilo enquanto inspecionávamos o hotel, e era quase inevitável uma sensação de desconforto ao perceber que tudo parecia estar em seu devido lugar, o lugar era limpo demais, organizado demais, uma frieza nos corredores, a facilidade como as câmeras não guardam qualquer registro como antes quando estive aqui de maneira "informal", era como se cada detalhe fosse planejado para esconder algo, como se aquele império fosse uma grande fortaleza sem irregularidades. Mon, por sua vez, estava visivelmente frustrada, cada gaveta que abríamos sem resultados parecia aumentar sua tensão e era palpável a frustração que crescia a cada novo "nada" dito por mim.
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Lowkey
FanfictionUm encontro entre dois mundos diferentes movendo-se no tabuleiro de um jogo em constante mutação. FIC INSPIRADA E ADAPTADA DA OBRA DE ARTUR RIBEIRO