O Veterinário do meu cachorro

(Bônus 10) Quinto dia de Viagem

Jimin despertou primeiro, o entardecer iluminando suavemente o quarto. As cortinas estavam abertas, deixando que os últimos raios do sol tingissem o céu de Tóquio com tons de laranja e dourado, enquanto o sol começava a se esconder por trás dos edifícios distantes. A luz suave e morna do final da tarde se espalhava pelo quarto, banhando os lençóis bagunçados e criando uma atmosfera serena e acolhedora.

Ele tentou se mover na cama, mas logo percebeu que estava preso nos braços de Jungkook.

Jungkook estava atrás dele, seus braços firmemente ao redor da sua cintura, mantendo-o preso contra seu corpo. A cabeça de Jungkook repousava nas costas de Jimin, seus cabelos caindo suavemente sobre a pele dele. O som de sua respiração tranquila e o calor que emanava dele deixavam a sensação de conforto e segurança ainda mais intensa.

Jimin sorriu ao sentir o calor do corpo de Jungkook contra o seu. Era como se o mundo lá fora tivesse desaparecido, e tudo o que restava fosse aquele momento entre eles, tão íntimo e natural. O calor do sol que se filtrava pela janela parecia combinar perfeitamente com o calor que ele sentia ao estar nos braços de Jungkook, criando uma sensação de estar em casa.

Jungkook, ainda imerso no sono, se moveu suavemente, soltando Jimin de seus braços. Ele se virou lentamente, virando-se de costas para ele, mas sem acordar completamente. O movimento foi tranquilo, quase como um reflexo, mas o calor que antes envolvia Jimin se dissipou por um momento, deixando um vazio suave entre os dois. A luz suave do entardecer agora iluminava os contornos do corpo de Jungkook, suas feições serenas e relaxadas, ainda presas ao sono.

Jimin ficou por um instante observando-o, seus olhos se ajustando à luz dourada que invadia o quarto, antes de se recostar novamente na cama, sentindo a leveza do silêncio e da calma que preenchiam o ambiente.

Ao se mexer novamente, Jimin sentiu uma dor suave se espalhar por seu corpo, como se cada músculo estivesse lembrando da intensidade da noite passada. Sua pele, quente e sensível, protestava a cada movimento. Ele tentou se sentar na cama, mas logo percebeu que seus músculos estavam exaustos, como se tivessem sido esticados até o limite. A dor não era insuportável, mas fazia com que ele se sentisse pesadamente vulnerável.

Tentou se levantar para ir ao banheiro, mas suas pernas pareciam relutar, como se não respondessem ao comando de seu corpo. Elas estavam pesadas, quase sem força, e ele se viu forçado a apoiar as mãos nas cobertas, tentando encontrar algum equilíbrio.

Suspirou, a testa franzida, sentindo uma leve tontura. Aquela sensação de cansaço profundo era nova, quase desconcertante, e ele teve que parar por um momento, respirando fundo, tentando reunir forças para se mover novamente.

Com muito esforço e dificuldade, Jimin conseguiu se colocar em pé, seus músculos protestando a cada movimento. Ele parou por um momento, respirando fundo, tentando reunir forças para dar o primeiro passo. Quando finalmente o fez, sentiu suas pernas fraquejarem, quase cedendo completamente. Ele se viu prestes a cair, mas antes que isso acontecesse, se apoiou na cama, fazendo um pouco de barulho.

Jungkook se mexeu novamente, e Jimin rapidamente o olhou, sentindo um nó na garganta. Ele não queria acordá-lo, não queria que Jungkook o visse assim, fraco e vulnerável. A última coisa que ele queria era que Jungkook se sentisse culpado ou preocupado por ter machucado Jimin. Ele temia que Jungkook começasse a se arrepender do que fizera, pensando que talvez tivesse ido longe demais.

— Droga, o filho da mãe me deixou mesmo sem andar  — Jimin resmungou baixo, com um leve sorriso, apesar da dor. Mas em sua voz havia algo mais, uma satisfação inconfessa, pois, no fundo, ele sabia que era exatamente isso que pedira. Ele tinha se entregado por completo àquela noite, e no fim, de algum modo, isso era o que ele queria, mesmo que seu corpo não conseguisse mais acompanhar o desejo.