Capítulo 1 - A Última Noite de Solteira

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Amanda estava diante do espelho do seu closet, experimentando o terceiro vestido da noite. Nada parecia bom o suficiente. Mesmo os modelos mais caros pareciam não refletir sua perfeição habitual. Ela revirou os olhos, frustrada.

— Amanda, o motorista está esperando lá embaixo! – Gritou Jéssica, sua melhor amiga, da sala de estar. Amanda suspirou, escolhendo finalmente um vestido preto justo, com detalhes em pedrarias que acentuavam suas curvas. Ela desceu as escadas com sua elegância habitual, cruzando os longos corredores da mansão onde vivia com os pais, no bairro mais chique de São Paulo. Ao chegar ao hall, encontrou Jessica de pé, examinando um vaso caríssimo como se fosse um item de um leilão.

— Até que enfim! Você demorou tanto que achei que o casamento seria hoje. – Diz Jessica, com um sorriso travesso. Amanda revirou os olhos novamente.

— Não me lembre disso. Essa noite é para esquecer que amanhã vou ser apresentada como uma noiva de negócios.

— E, ainda assim, você aceitou.

— Porque eu não vou renunciar a tudo o que tenho. Vamos logo, Jéssica. A única coisa que quero é aproveitar esta noite. – Diz Amanda, seriamente. As duas então saíram, entrando na SUV preta que as aguardava. Amanda estava decidida a aproveitar sua "última noite de liberdade".

****

O ambiente da boate era vibrante, com luzes pulsantes e um DJ tocando as músicas mais badaladas do momento. Amanda e Jéssica passaram pela entrada exclusiva, ignorando as filas e os olhares invejosos. Assim que entraram, o burburinho parecia mudar de tom; as duas chamavam atenção por onde passavam.

— Impressionante como você domina o ambiente sem fazer esforço. – Diz Jessica, enquanto um garçom entregava drinks para elas.

— Natural, querida. Mas você sabe que isso aqui é só diversão. – Diz Amanda, sorrindo. Enquanto dançavam, Jessica começou a observar os olhares insistentes dos homens ao redor. Alguns se aproximavam timidamente, tentando iniciar uma conversa, mas Amanda os dispensava com um gesto ou um olhar desdenhoso.

— Eu não entendo você às vezes. Você poderia escolher qualquer um desses homens, mas preferiu aceitar um casamento arranjado com alguém que nunca viu.

— Porque nenhum desses homens tem o que Diego Alencar tem: milhões na conta. É uma questão de sobrevivência, Jessica. A empresa do meu pai está afundando, e eu não deixarei isso arruinar minha vida.

****

Horas mais tarde, Amanda decidiu ir ao banheiro. Enquanto voltava para a mesa onde Jessica a esperava, distraída pelo celular, esbarrou em alguém. Seu drink voou de sua mão, derramando em toda sua roupa.

— Mas que droga! Você não pode prestar atenção para onde anda? – Pergunta Amanda, furiosa. O homem, que usava uma camisa social branca, ergueu as sobrancelhas, surpreso com a atitude dela.

— Eu? Você que não olhava para frente.

— Ah, claro, a culpa é minha. Você está no meio do caminho, parado como uma estátua.

— Talvez eu esteja aqui porque esta é uma boate, e pessoas param em lugares assim.

— Isso não é desculpa. Agora, minha noite está estragada. – Diz Amanda, pronta para disparar outro comentário ácido, mas algo nos olhos dele a fez hesitar por um instante. Ele tinha um olhar confiante, desafiador, algo que a irritava mais do que ela gostaria de admitir. Diante disso, ela voltou para a mesa, ignorando Jessica, que assistia à cena de longe.

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De Repente Me ApaixoneiOnde histórias criam vida. Descubra agora