Obs: A rainha MARA é um spin-off do livro Morgana
Mara, uma jovem bruxa. Seu poder vai além de qualquer um que seu clã já viu.
Determinada a conseguir desenvolver ainda mais suas habilidades ela toma algumas decisões duvidosas que a leva a conhece...
Era uma vez um bosque e uma jovem que tinha sonhos grandiosos e uma determinação voraz que assustava a todos, inclusive a ela mesma.
Ela nunca havia visto tanta beleza em um único lugar e apaixonou-se perdidamente por ele, desejando viver para sempre em meio às rosas e outras flores desse grandioso jardim perdido no meio do nada.
Ela o amava tanto que dedicou seus dias a ele, esquecendo-se inclusive de si mesma e dos seus sonhos. Achava que os seus sonhos poderiam esperar, mas o jardim, não. Acreditava que, se o abandonasse, as flores murchariam, as árvores majestosas perderiam a beleza e até o rio deixaria de brilhar e não correria mais para o oceano.
A jovem acreditava que o amor genuíno que sentia era recíproco, que jamais sentiria medo ali e que nunca seria abandonada. Pensava que deitar-se no chão e olhar as estrelas era a sua prova de amor e, por isso, só as via em algumas noites.
O tempo foi passando, e o jardim começou a deixá-la cansada. Os espinhos passaram a machucar, o rio, com sua correnteza forte, começou a assustar, e tudo o que antes a encantava começou a perturbá-la.
Ela, então, percebeu que ali não era mais o seu lugar. Mas, antes de escapar, teve os pés rasgados, as mãos machucadas e a alma corrompida. Foi difícil entender o que havia acontecido, pois ela não queria sair dali. Contudo, sabia que, se não fugisse, morreria. De repente, seu sonho, adormecido em seu peito, reacendeu com uma chama intensa que lhe deu forças para correr.
Não foi fácil, mas ela conseguiu. Foi cruel, doloroso, e muitas vezes parecia um loop de tortura que a levava à exaustão. Todo o processo trouxe dores ao seu corpo e alma que ela jamais esperava viver. Quase sem vida, percebeu que o amor que sentiu, regou e cuidou por tanto tempo era uma ilusão. Nunca houve amor. Infelizmente, era tarde demais. Já não havia mais nada em seu coração que a fizesse digna de amar novamente. Em seu peito ferido havia apenas dor.
Essa jovem tão ingênua e submissa era eu. Mas eu transformei a dor em poder.
Mara Ley Fay
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