Meu mundo desaba

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     Quando consegui reagir já era tarde demais, meus pais já haviam sido levados de lá, olhei ao redor á procura da minha irmã foi quando ouvi um barulho estrondoso, me virei automaticamente para onde o barulho havia saído e dei-me de cara com um rebelde, ele não dever ter nem uns onze anos e estava ali na minha frente segurando uma arma apontada para algo perto de mim - creio que ele não me viu -, foi quando notei para quem ele apontava a arma, a Celeste estava lá encolhida no chão com uma arma mirada nela e aparentemente muito ferida.   

     Na hora não consegui pensar em nada por mais que ela me atormente foi um choque vê-la indefesa daquele jeito, de repente ouço outro barulho vindo da mesma direção, havia demorado muito para reagir e então repentinamente o rebelde cai, ele foi baleado vejo logo atrás dele o Spencer, não sabia nem o que falar, ele tinha acabado de salvar a minha irmã e sem perder mais tempo a peguei no colo e corri a procura do abrigo mais próximo, tinha que tirá-la do meio do tiroteio e não dava tempo de levá-la até o abrigo real.

     Estava correndo aparentemente sem rumo foi então que avistei um guarda colocando uma garota no esconderijo, era a minha chance de tirar minha irmã de lá e ver o quão grave tinha sido os seus ferimentos. Tinha que correr antes que ele fechasse a porta, estava correndo o mais rápido que podia mais não seria rápido o bastante, só que para a nossa sorte a garota me viu e avisou o guarda que eu estava chegando e isso me deu tempo para entrar no abrigo com a Celeste.

     —Fique ai, vou avisar seus pais que vossas altezas estão em segurança - disse o guarda assim que entramos no esconderijo.

     Entrei e fui atrás da maca para colocar a Celeste lá, tinha que descobrir o quão ferida ela estava.

     —Se proteja Justin, me prometa que vai tomar cuidado? - a garota falou para o guarda que tinha a levado até lá.

     —Sempre, volto para buscar vocês e o ajude a cuidar da princesa, ela me parece ferida - ele deu um beijo na testa da garota e fechou a porta.

     Um pouco antes de a porta se fechar pude perceber a onde a gente estava, parece que corri para ala hospitalar com a minha irmã, depois que a porta fechou foi que parei para ver a garota que acabou salvando as nossas vidas. E nossa, como ela é linda, tem uma pele pálida, olhos verdes e um cabelo preto comprido e apesar dela estar de cabelo preso, ela está estonteante.

     Quando ela se aproxima mais de nós e que reparo no uniforme que ela está vestindo, ela é uma enfermeira pode ajudar a Celeste que agora já está inconsciente mais ela está com receio de se aproximar, é claro ela deve perceber o quão desesperado estou então decido me afastar um pouco para que ela possa trabalhar e assim que me afasto ela começa a examinar a Celeste.

      —Ela está muito ferida, está perdendo muito sangue - ela fala ainda mexendo com a Celeste que de vez em quando dava uns gemidos de dor —vou ter que retirar a bala, acha que consegue me ajudar? - ela vira para mim assim que termina de falar.

      —Sim, só me diga o que preciso fazer - ainda estou em choque mais minha irmã precisa de mim.

     Ela faz um sinal para eu me aproximar, não havia me dado conta que já estava do outro lado da sala. Começo a andar em direção a elas lentamente, mais devagar do que gostaria, a garota me diz exatamente o que fazer e ela começa o trabalho de extração da bala que está presa perto das costelas da Celeste, o trabalho das mãos dela e tão rápido e preciso que duvido que eu possa fazer algo para ajudá-la mais mesmo assim faço o que ela me pediu.

     —Pronto agora só temos que conter o sangramento e dar os pontos, pode pegar o álcool que está no kit de primeiros socorros? - faço que sim com a cabeça e largo o que estava fazendo e corro para pegar o kit —aproveita e já traz a linha e agulha que estão ai dentro também - pego tudo que ela me pediu e corro de volta para elas.

     —Aqui está - entrego tudo que ela me pediu, ela rasgou mais um pedaço do vestido da Celeste e molhou com o álcool e pediu para fazer pressão sobre o ferimento até ela arrumar os matérias —assim? Ou está muito forte?

     —Não, está perfeito assim, vossa alteza - ela começa a mexer com a agulha e linha e depois se ajoelha ao meu lado —ótimo o senhor conseguiu estancar o sangramento, vou dar logo os pontos - pego o pedaço de pano que estava molhado com álcool e agora está coberto de sangue e jogo fora.

       Mantenho-me distante não quero atrapalha-la em nada, assim que ela termina me aproximo da Celeste para ver como ela está. Quando finalmente sento percebo o quão cansado estou e acabo pegando no sono ali mesmo sentado ao lado da maca que minha irmã está.

       —Logan! Acorda! Anda logo seu dorminhoco - acordo com os gritos da minha doce irmãzinha.

       —Que bom q já está acordada, Celeste - falo me levantando —você me preocupou muito ontem.

       —A senhorita preocupou a todos - a garota estava lá encolhida em um canto com o uniforme todo sujo de sangue.

       —Nossa, você está machucada? - indaga a Celeste assim que repara a roupa suja da garota.

       —Ah, não vossa Alteza. Estou sem um arranhão. 

       —Esse sangue é seu - falo antes que minha irmã venha encher a menina de perguntas —você chegou aqui muito mal e inconsciente e ela cuidou de você.

        —Ah... Muito obrigada - minha irmã falou tentando se sentar —e você, Logan, o que fez ficou só olhando para minha cara foi?

        —Não, vossa Alteza lhe carregou em meio ao tiroteio para tirá-la do salão principal e te trouxe até aqui. E estava notório que ele estava em choque - a garota rapidamente respondeu a minha irmã.

       —Desculpe-me você nos salvou e eu nem tive a decência de lhe perguntar o seu nome — eu e minha irmã estávamos a salvos graças a essa garota e ela ainda cuidou da minha irmã e nem o nome dela eu sei.

      —Que é isso vossa Alteza, o senhor estava muito preocupado ontem com o estado da princesa. E eu me chamo... - o guarda abre aporta um pouco antes de a menina falar seu nome.

      —Que bom que os encontrei Vossas Altezas, seus pais pediram para vê-los imediatamente - anuncia o guarda que acaba de entrar no esconderijo — eles estão a sua espera nos aposentos reais.

      —Minha irmã deveria ficar de repouso, ela foi baleada - estava com medo que os pontos abrissem e ela começasse a sangrar de novo.

     —Que isso Logan, estou bem. Vamos logo ver o que o papai e a mamãe querem.

     Subimos o mais rápido que foi possível. O castelo estava destroçado e com varias mensagens ofensivas gravadas na parede. O salão principal era o mais destruído, tudo quebrado e com cheiro de fumaça. Assim que alcançamos o quarto de nossos pais notei uma movimentação estranha lá dentro, assim que avisto meu pai vejo sua apreensão e entro em desespero ao ver a minha mãe deitada na cama completamente inconsciente e muito ferida.


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