Sofia Santino

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Sofia Santino era conhecida por sua presença imponente e por seu coração envolto em uma muralha de gelo. Dona de um império empresarial, sua reputação como uma mulher calculista e impiedosa era indiscutível. Ela comandava seus negócios com uma mistura de elegância e crueldade, atraindo aliados e inimigos com a mesma intensidade. No entanto, poucos sabiam sobre o segredo que ela guardava a sete chaves: um vazio existencial que a consumia lentamente.

Foi em uma de suas viagens a trabalho, em uma cidade litorânea esquecida pelo tempo, que ela conheceu SN. Uma mulher misteriosa e fascinante, que trabalhava como curadora de arte em uma galeria local. Diferente de Sofia, SN irradiava uma energia luminosa, uma serenidade que parecia pertencer a outro mundo. Mas por trás de seu sorriso gentil, havia uma sombra que a perseguia, algo que ela fazia questão de esconder.

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Sofia entrou na galeria em busca de uma pintura rara que queria adquirir para sua coleção particular. Vestindo um terno impecável, ela exalava autoridade, mas seus olhos escuros encontraram algo que não esperava: SN.

SN, com seu vestido simples e cabelo preso de forma despretensiosa, não parecia impressionada com a aura intimidadora de Sofia. Na verdade, ela a encarou diretamente, como se pudesse enxergar através de sua máscara fria.

— Posso ajudá-la? — perguntou SN, sua voz suave, mas carregada de curiosidade.

— Estou interessada na pintura de Miró. Quero comprá-la.

— Essa obra não está à venda — respondeu SN com firmeza, cruzando os braços.

Sofia arqueou uma sobrancelha. Não estava acostumada a ouvir “não”.

— Tudo está à venda, pelo preço certo.

— Nem tudo, senhora Santino. Algumas coisas são inegociáveis.

A resposta de SN surpreendeu Sofia. Como ela sabia quem ela era? E por que parecia imune ao seu poder?

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O interesse de Sofia por SN não se limitou à pintura. Havia algo na mulher que a desarmava e, ao mesmo tempo, a desafiava. Enquanto SN tentava manter distância, Sofia começou a frequentar a galeria com frequência, sob o pretexto de negócios.

Por trás de encontros aparentemente casuais, uma tensão crescia entre elas. SN parecia ser a única pessoa capaz de desafiar Sofia sem medo, mas também guardava segredos que a tornavam vulnerável.

Uma noite, depois de um evento na galeria, Sofia encontrou SN sozinha, observando o mar da sacada. A luz da lua iluminava seu rosto, destacando uma expressão de melancolia.

— Você tem um jeito interessante de evitar as pessoas — comentou Sofia, aproximando-se.

— Talvez eu prefira o silêncio ao barulho vazio — respondeu SN, sem desviar o olhar do horizonte.

— Ou talvez você prefira evitar quem pode enxergar além de suas máscaras.

SN finalmente a encarou, seus olhos brilhando com algo entre raiva e tristeza.

— E o que você acha que sabe sobre mim, Sofia?

— Apenas o suficiente para saber que você é tão quebrada quanto eu.

A confissão crua pairou no ar, pesada e inescapável. SN tentou se afastar, mas Sofia segurou seu braço, puxando-a para mais perto.

— Não fuja de mim — sussurrou Sofia, sua voz carregada de uma emoção que ela não reconhecia.

— Talvez você devesse fugir de mim — retrucou SN, seu olhar revelando mais do que suas palavras.

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Conforme se aproximavam, Sofia descobriu que SN estava fugindo de algo ou alguém. Uma ameaça do passado que a mantinha sempre em alerta. Sofia, por outro lado, era atraída pela vulnerabilidade escondida sob a fachada forte de SN, enquanto SN sentia um fascínio perigoso pela escuridão de Sofia.

Seu relacionamento evoluiu para algo intenso e avassalador. Sofia, acostumada a controlar tudo, encontrava em SN uma batalha constante. SN, por sua vez, via em Sofia uma mistura de proteção e destruição que a assustava e atraía.

No entanto, o passado de ambas começou a interferir em seu presente. Segredos que SN tentava enterrar voltaram à tona, ameaçando não apenas sua segurança, mas também seu relacionamento com Sofia. E Sofia, acostumada a vencer a qualquer custo, se viu diante de escolhas que poderiam destruir tudo o que havia construído.

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Sofia e SN se tornaram as duas faces de uma mesma moeda: luz e escuridão, amor e ódio, redenção e destruição. Presas em uma dança perigosa, elas precisavam decidir até onde estavam dispostas a ir para salvar uma à outra — ou se o peso de seus segredos as destruiria para sempre.

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