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Nicholas Morgan

Meu quarto estava todo escuro e eu conseguia sentir o ar gelado do ar condicionado por cada canto.

Estava dormindo tranquilamente até que a porta fosse aberta e eu senti algo pular ao meu lado na cama e ela se afundar.

Esse algo era alguém, o bichinho que tem nome, Krista.

- Nick, Nick, acorda Nick - ela diz repetidamente meu nome

- Sai Krista - respondo ela ainda de olho fechado

- Mamãe mandou te chamar, espero que se lembre que hoje é sábado e o que fazemos nos sábados - ela diz enquanto estava deitada do meu lado

- Senhor, o que se passou na cabeça dos meus pais quando eles resolveram ter você - finalmente abro os olhos e lanço o olhar pra ela

- São meus pais também e eu sei que você me ama, só finge me odiar - ela diz sentado na cama

- Deveria ter colocado o travesseiro na sua cara assim que você chegou em casa

- Idiota - ela diz levantando da cama - você tem vinte minutos para estar lá embaixo

- Você não manda em mim - tento jogar o travesseiro nela, mas falho miseravelmente e ela sai do quarto

Desde que eu me entendo por gente seguimos a programação de sábado à risca, a família toma café da manhã juntos, conversa, almoço e mais um milhão de coisas durante o dia.

Meus pais resolveram fazer isso por perceberem que sempre estão trabalhando, então por medo de não serem bons pais tiraram o sábado para nós.

Óbvio que temos outros programas de família, viagens e essas coisas, mas o sábado é uma coisa fixa e eu gosto disso, pode não parecer, mas me importo com minha família, me importo com as pessoas que amo.

Levanto da cama e caminho até o banheiro, diferente do meu quarto, ele estava claro e era possível ver o sol que estava lá fora, o dia parece estar quente.

Quando termino meu banho saio do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, acendo a luz para poder procurar uma roupa e assim que termino de me trocar pego meu celular para verificar o horário.

8:15 fala sério, acordar cedo em um sábado é de matar.

Saio do quarto descendo as escadas e indo a caminho da cozinha, minha mãe e minha irmã estavam sentadas na mesa e meu pai estava fazendo algo no fogão.

- Bom dia - digo beijando a cabeça da minha mãe antes de me sentar

- Bom dia querido - ela responde acariciando minha mão que estava em seu ombro

- Nem parece que é um ogro com qualquer pessoa a sua volta - Krista diz enquanto nos olhava

- Deixa de inveja, aceita que eu sou o preferido - zombo dela

- Não acredito que até depois de velhos as implicâncias são as mesmas - meu pai diz pela primeira vez enquanto se senta na mesa

- São as mesmas crianças de anos atrás - minha mãe diz

- Bom dia Nick - meu pai diz

- Bom dia pai

- Pai, o senhor comprou bolo de banana? - Krista pergunta

- Querida, hoje foi sua mãe que foi ao mercado - meu pai responde pra Krista

- Está ali na bancada filha - minha mãe responde

- Tem que ser muito maluca mesmo pra gostar de bolo de banana - falo enquanto vejo ela ir pegar o bolo

- Você é hipócrita Nicholas - meu pai ri enquanto fala

E de repente Onde histórias criam vida. Descubra agora