Near (Deathnote) Part1

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A luz fria da manhã entrava pela janela, pintando faixas de claridade sobre a mesa de Near, que estava coberta de papéis, diagramas e anotações rabiscadas

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A luz fria da manhã entrava pela janela, pintando faixas de claridade sobre a mesa de Near, que estava coberta de papéis, diagramas e anotações rabiscadas. O ar era denso, tão silencioso que eu conseguia ouvir o meu próprio coração batendo forte no meu peito. Lá estava ele, Near, sentado numa posição estranha, todo torto na cadeira, como se a gravidade não o afetasse, enquanto seus dedos finos brincavam com uma mecha de seus cabelos brancos e espetados. Ele parecia um passarinho nervoso, todo agitado mesmo parado.

Eu me aproximei com a bandeja de chá, o aroma suave das ervas me acalmando. Ele nem sequer me olhou, seus olhos fixos nos papéis espalhados pela mesa, mas eu senti seu olhar sobre mim, um olhar que transcendia o simples ato de minha presença.

Deixei a bandeja sobre a mesa, meu coração batendo forte no peito. Aquele silêncio, a concentração intensa dele... era quase hipnótico. Eu o observava, meu olhar percorrendo seu rosto delicado, a palidez da pele contrastando com os fios brancos bagunçados. Ele era um enigma, um mistério tão intrigante quanto o próprio Kira, e eu me sentia privilegiada por ser a única a testemunhar sua mente brilhante em funcionamento.

De repente, ele respirou fundo, como se estivesse se dando conta de minha presença. Seus olhos azuis encontraram os meus, e por um instante, o mundo ao nosso redor desapareceu, restando apenas nós dois, naquele momento carregado de uma tensão latente. Ele sorriu, um sorriso pequeno, quase imperceptível, mas que fez meu coração acelerar. Era um sorriso diferente, não o sorriso enigmático que costumava exibir, mas um sorriso... gentil.

- Obrigado, Ruby - Ele disse, sua voz baixa e suave, quase um sussurro.

Suas palavras, tão simples, carregavam um significado profundo, uma gratidão que transcendia o simples ato de servir o chá. Era um reconhecimento, um agradecimento por minha presença constante, pelo meu apoio silencioso.

Eu sorri de volta, um sorriso tímido, mas sincero.

- Não há de quê, Near. - Respondi, minha voz também baixa, quase um sussurro.

Nossos olhares se encontraram novamente, e por alguns segundos, o tempo parou. Era uma conexão, um momento compartilhado, carregado de uma afeição sutil, de uma atração que não precisava de palavras para ser sentida. O ar entre nós carregava uma eletricidade suave, uma promessa de algo mais, algo além da relação de cuidadora e investigado. Era um flerte sutil, um toque de romance em meio ao caos da investigação, um respiro de ternura em meio à tensão constante, um vislumbre de esperança em meio à imensidão do caso Kira. E naquele momento, o chá sem graça tinha o sabor de algo muito mais doce.

Fiz parte da infância tanto dele quanto da de Mello e desde que eu era criança ele sempre foi minha paixão. Enigmático, e introvertido, mas também muito fofo e lindo.

(...)

[Pov' 3]

O chá, servido com cuidado por Ruby, esfriou na mesa, esquecido por Near. Ele estava absorto em um diagrama complexo rabiscado em um pedaço de papel, sua testa franzida em concentração. Seus dedos finos, quase translúcidos, deslizavam sobre o papel, traçando linhas imaginárias e conectando pontos com um gesto quase obsessivo. Era fascinante e assustador ao mesmo tempo, como assistir a um gênio em seu habitat natural.

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