11. Somos amigos agora?

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CAPÍTULO 11. SOMOS AMIGOS AGORA?

LISA CLARK

Entrando em casa com as pontinhas do pé. Chegar exatamente às 02:00 da madrugada não seria algo agradável para meus pais queridos descobrirem sobre a filhinha protegida. Mas eu não tenho culpa se eu e Lucas precisávamos de um tempinho a mais depois do nosso jantar.

Subi às escadas com o tênis em minha mão pisando devagar em cada degrau, cada cuidado é pouco nesse momento. Assim que entrei em meu quarto tudo estava escuro, fechei a porta assim que entrei e enfim pude respirar em alívio e paz.

Mas assim que liguei a luz do meu quarto um coração parou de bater assim que ouvi meu nome ser dito. O meu coração parou! Deixei até meu tênis e minha bolsa cair no chão do quarto fazendo um pouco de barulho, se não for meus pais eu mato quem for que me chamou assim do nada em plena madrugada.

— Lisa. — Falou e eu me virei assustada para trás após ter ligado a luz e me dou de cara com Gavin sentado ao chão em frente à minha cama.

— Meu Deus moleque, está doido? — Pergunto brava e ele se levanta do chão. — Por que está em meu quarto no escuro?

— Você disse que queria conversar comigo, então resolvi lhe esperar, aqui no seu quarto eu veria você chegar. Me desculpa por ter te assustado. — Respiro fundo e pego minha bolsa do chão e guardando meu tênis.

— Poderíamos conversar amanhã, está acordado essa hora por estar me esperando? — Pergunto colocando minha bolsa em cima da mesinha do meu quarto.

— Sim, e também estava preocupado com você, mas eu nem precisava me preocupar, parece que seu encontro foi bom. — Falou olhando por todo meu rosto mas seus olhos por algum motivo não saiam do meu pescoço.

— Sim, me diverti muito. Mas agora tô me sentindo mal, você me esperou todo esse tempo sentado no chão ainda? Poderia ter sentado no sofá ou deitado na minha cama.

— Não queria invadir sua privacidade.

— Mas você está no meu quarto, acho que não seria nada demais ter deitado ou sentado em algo confortável. — Passei as mãos em meu cabelo os massageando indo em direção ao meu banheiro.

Gavin não disse nada, apenas me olhava, seu olhar ainda continuava me olhando, como se me analisasse, até demais na verdade, pois seus olhos não saíram do meu pescoço desde que entrei em meu quarto.

— Como foi o jantar? Se vocês pelo menos foram né. — Murmurou um pouco baixo me deixando confusa.

— Foi ótimo o jantar, na verdade vou levar você e minha família lá, é muito bom mesmo. — Respondo com um sorriso sincero. — Vou só tomar um banho rápido, e já volto para conversarmos, ou se achar melhor pode ir dormir, amanhã conversamos.

— Não, estou sem sono, vou te esperar.

— Tudo bem então, senta na cama ou no sofá dessa vez. — Digo e ele sorri tímido.

— Lisa. — Me chamou assim que entrei no banheiro com minha toalha em mãos. — Da uma olhadinha no seu pescoço quando for tomar banho, seus pais podem não gostar muito. — Avisa encarando meu pescoço e eu franzo minha testa confusa entrando no banheiro e fechando a porta.

Vou em direção a pia me olhando no espelho e só penso em uma coisa, eu vou matar o Lucas.

— Merda! — Tiro meu cabelo de um lado do pescoço e analiso o mesmo vendo um chupão marcado no mesmo. — Vagabundo.

Pego meu celular que trouxe comigo para o banheiro e abro seu contato que trocamos hoje tirando uma foto de meu pescoço escrevendo uma mensagem só de ódio para ele xingando até sua quinta mil geração passada.

O Garoto TímidoOnde histórias criam vida. Descubra agora