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TAEHYUNG


Cerca de uma semana atrás quando estava fazendo meu trabalho o Seokjin pareceu um tanto aborrecido pedindo um Martini, lhe servir, porém antes de me afastar ele me olhou atentamente e chamou para uma conversa privada nos fundos. Temeroso com a ideia de ser demitido fui, só que o teor da conversa nada envolvia meu emprego.

— Taehyung, sabe que pode me contar qualquer coisa, não é?

Assenti ainda confuso com o rumo da conversa.

— Taehyung, o que significa isso no seu rosto? — antes que pudesse lhe dar uma desculpa ele continuou — Nem adianta me dizer que caiu ou que se bateu, conheço as marcas de uma surra quando vejo. — cruzou seus braços — Foi seu alfa quem lhe fez isso?

Existem diversos fatores que me impedem de ir embora:

O primeiro: por mais imprestável que seja, Minho é quem paga as contas da casa, passando na minha, mas pagando. Por causa dele tenho condições de comprar certas coisas para meu filhote, que é minha prioridade; O segundo: sou marcado.

Mesmo que meu ômega tenha, de certa forma, rejeitado a marca ainda é dependente.

Quando fui marcado houve certa rejeição, a ferida ainda aberta inflamou e demorou para cicatrizar, hoje em dia compartilhamos um laço, mas este é mínimo, sinto quando ele me trai por ser sensível, mas não compartilhamos sentimentos e sensações.

O terceiro: tenho medo de perder meu filhote. A primeira vez que decidi ir embora ainda tinha meia dezessete anos, um bebê recém nascido nos braços. Minho me ameaçou dizendo que se eu passasse pela porta tomaria meu bebê de mim e que nunca mais iria vê-lo. Apavorado com a ideia fiquei.

— Não é nada Seokjin, não precisa se preocupar. — lhe respondi.

— Isso não se faz! Ele te bate a muito tempo?

Como dizer a ele que apanho desde que Minho pôs as mãos em mim? É vergonhoso para mim admitir esse tipo de coisa, principalmente para alguém como o senhor Kim que é casado com um alfa de respeito.

Seokjin é estudado, educado e bem de vida, tem um alfa bom. Já eu, terminei o ensino médio na marra, engravidei novo demais, este é o melhor emprego que eu consegui e tenho aquilo escorado em minha vida. Não. Nunca lhe direi nada, não quero seus olhares de pena e palavras de conforto que vão me fazer pensar o quão miserável estou.

— Minho não tem nada a ver com isso.

— Tem certeza?

— Sim, senhor Seokjin.

— Tudo bem. — suspirou — Vou resolver algumas coisas.

Logo depois veio Hoseok…

Esse alfa me fazia sentir coisas estranhas na barriga sempre que chegava perto, além de bagunçar meu coração.

Não sei o que é ou o que é, mas é bom de se sentir, também sei que é perigoso. Hoseok parecia se importar com o roxo em meu rosto e aquela pequena demonstração me fez flutuar, porém caí em mim; não posso me permitir sentir esse tipo de coisa, Minho acabaria comigo.

Essa semana aquele cretino me bateu mais três vezes e apesar de ser ruim, foi apenas isso. Posso lidar com seus tapas.

Hyunjin estava adormecido em seu berço. Faltava cerca de vinte minutos para meu horário e mataria esse tempo olhando-o.

— Sabe… — não me atrevi a olhar para trás — eu não vou ficar de babá da porcaria do seu filho não.

Tudo bem, talvez a senhora Oh ficasse com ele, mas estou sem dinheiro… E se eu a pagar depois?

Heart Of Glass  [VHOPE]Onde histórias criam vida. Descubra agora