Caminho tranquila e sozinha na noite escura e quente do Rio de Janeiro, quando me mudei para cá tinha medo de sair sozinha, mas hoje, depois de sete meses, já estou acostumada com tudo isso.
Paro em uma sorveteria e peço um sorvete de Blue ice, meu sabor favorito, a atendente logo o entrega a mim com um sorriso no rosto, é incrível a hospitalidade e felicidade dos cariocas. Pago o sorvete e continuo caminhando pelas ruas.
Depois de andar um pouco começo a ter uma sensação de que estou sendo perseguida, acelero meus passos afim de correr de algo ou alguém que nem sei se está realmente atrás de mim!
— Droga! — Falo quando percebo que entrei na rua errada! Fiquei com tanto medo que nem percebi para onde estava indo, me viro para voltar à rua certa, mas logo escuto alguém me chamando.
— Ísis? — Me viro e vejo uma arma apontada para mim, meus olhos não acreditam no que vêem.
— Você? — Pergunto entre lágrimas. O suor escorre pela minha face, as lágrimas continuam rolando, aquele filme idiota que todos falam que se passa em nossa mente quando estamos próximos à morte insiste em se passar pela minha cabeça, mas ao contrário do que acontece com as outras pessoas eu não estou com medo de morrer, apenas me nego a acreditar que logo essa pessoa está prestes a me matar. O sorvete cai da minha mão, e com ele cai tudo que um dia eu achei que fosse verdade.
— Achou mesmo que iria deixar que você fosse feliz para sempre? — fala com ironia.
Seus olhos transmitem uma frieza quase inimaginável, seu rosto passa uma mensagem de ódio, eu ainda não entendo porque está fazendo isso, por mais que tente não consigo entender.
— Por quê? O que te fiz? — grito o mais alto que posso. Talvez eu ainda tenha uma esperança que alguém possa me ouvir e então me salvar.
E então, como se eu estivesse em um filme, uma pessoa chega, me alegro ao saber que não estou mais sozinha, mas logo minha alegria é abafada pelo barulho da discussão. Gritos, ameaças, palavrões, e então ouvimos um tiro.
Sinto algo quente no lado direito do meu peito, a dor é insuportável, talvez eu não resista, olho para baixo e vejo que o sangramento não cessa. Ouço mais dois tiros, meu salvador corre até onde estou, posso ver o desespero em seu olhar. Ele pega o celular e disca um número.
— Aqui é o agente Oliveira, tenho duas pessoas feridas e preciso de uma unidade de remoção agora.
Depois de ouvir essas palavras sou tomada pela escuridão.
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Meu adorável cafajeste - SÉRIE CAFAJESTES DA LEI - Livro 1 (DEGUSTAÇÃO)
RomanceObra registrada, plágio é crime. Apenas DEGUSTAÇÃO. Em breve o livro estará na Amazon. Maria Ísis Renovato sempre teve tudo o que queria. Acostumada com todo o luxo, a patricinha não tem papas na língua, e muito menos freios. Sua vida sempre fora o...