Capítulo 2

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— Oi? Você bateu com a cabeça, foi isso? — grito o mais alto que eu posso.

— Fala baixo, quer que todos os vizinhos saibam que estamos falidos? — pela primeira vez minha mãe se manifesta.

— Eu quero que os vizinhos se fodam.

— Minha filha você precisa fazer isso para nos salvar, precisamos de você, e se tudo der certo você logo engravida e vai poder se divorciar e ganhar uma boa quantia por conta do bebê. — eu não estou ouvindo isso.

— Eu vou sair e não quero ninguém atrás de mim, não me liguem. — saio batendo a porta.

Pego o carro e dirijo sem rumo, até que resolvo ligar para Paulo.
Paulo é um "amigo com benefícios" nos conhecemos há uns dois anos e desde então mantemos um relacionamento de sexo sem compromisso.

— Paulo, você está em casa?— atende no segundo toque.

— Para você mesmo se eu não tivesse eu viria pra casa correndo só pra te ver. — Acho que ele ainda sonha que um dia eu terei alguma coisa com ele. Coitado!

— Tudo bem, chegarei aí em dez minutos. — Falo e desligo sem esperar a resposta.

Dez minutos depois chego na casa de Paulo, ele me recebe com vinho e morango. Tão iludido!

— Oi meu amor, você está com uma cara de brava, aconteceu alguma coisa? — fala tentando me beijar, mas eu desvio.

— Aconteceu, mas agora eu quero sexo, depois nós conversamos. — falo pulando no seu colo e entrelaçando minhas pernas em sua cintura.

Paulo me joga no sofá e arranca toda minha roupa, ele desce até meu sexo, mas eu o interrompo.

— Nada disso, Paulo. Não quero preliminares hoje, vem e faz logo o que eu quero.

Paulo enfia tudo de uma vez, e depois de alguns minutos chega ao seu ápice.

— Isso foi incrível, meu amor. — fala tentando me beijar mais uma vez.

— Eu já te falei milhares de vezes, sem beijo. — grito a última parte pra ver se dessa vez esse imbecil entende.

Eu não gosto de beijos, acho pessoal demais, beijos existem para serem dados nas pessoas que amamos, e como eu não o amo eu não o beijo. Eu já amei uma vez, mas só me decepcionei, jurei pra mim mesma que ninguém nunca mais iria pisar em mim, e desde então eu fechei meu coração e só faço sexo, nunca repito homem, só o Paulo, mas só porque ele é muito gostoso e sabe bem como me deixar louca.

— Acho que você poderia parar com essa palhaçada de não me beijar. — Paulo fala fazendo biquinho, eu mereço.

— Você acha que isso é palhaçada? Quer uma palhaçada Paulo? Eu vou me casar. — falo, mas logo depois me arrependo, Paulo me olha com uma cara de ódio que me faz ter medo, eu não queria magoa-lo, mas a culpa não é minha se ele se apaixonou por mim.

— O que você está me dizendo Maria Ísis? — ele pergunta com o olhar cheio de ódio.

Explico tudo para Paulo, eu sei que sempre falo que ele só serve para sexo, mas a verdade é que ele é um ótimo amigo também, sempre posso contar tudo para ele, acho que confio mais nele do que em mim mesma.

— Você está me dizendo que vai se casar pra continuar a manter o padrão de vida daquela perua da sua mãe e do folgado do seu pai? — Paulo pergunta ainda sem acreditar.

— Sim Paulo, Eu sinceramente não vejo outra saída, se eu me recusar a casar eu também fico pobre. — ficar pobre seria o fim.

— Então eu acho que me enganei, pensei que você fosse forte e que não era só uma patricinha mimada, mas pelo visto eu me enganei. — não acredito que ele falou isso.

Meu adorável cafajeste - SÉRIE CAFAJESTES DA LEI - Livro 1 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora