Epílogo.

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rodou toda a cidade tentando procurar algum centro que pudesse cultuar, seja qual deus for.

Nani se encontrava em uma situação vulnerável, sua irmã estava no hospital e precisava de dinheiro, mas não tinha nem mesmo para comer. precisava de emprego, mas não conseguia, tentava criar projetos independente, mas não tinha para onde ir, a situação de sua irmã só piorava e tudo parecia cair no seus pés e nem mesmo poderia agarrar.

- "Que merda!" chutou seu próprio currículo que tinha sido negado anteriormente.

Não conseguia achar absolutamente nada, nem mesmo empregos, e templos não queriam o aceitar por ter uma péssima reputação, devendo e sendo perseguido em todos os lugares.

colocou as mãos na cabeça. a rua toda estava movimentada, todos com família, vida confortável, se divertindo, apenas Nani estava naquele estado, controlando o choro em ruas escuras. desistiu e tinha que procurar um lugar para poder dormir.

perdeu a própria casa com dívidas no banco e agora morava nas ruas, não conseguia comer e muito menos beber água sem ser algo não potável. se sentia triste, desolado e sozinho.

sentou em qualquer calçada e descontrolou o choro, se encolhendo na parede gelada, frustrado com a própria vida.

tinha levado tudo muito bem antes de seus pais falecerem em um acidente de carro, sua irmã teve convulsões e está em coma, e em sua visão, infelizmente apenas o garoto estava intacto, com arranhões que não tinha energia para se curar direito.

- "Por que, meu deus, por que?" suplicou, chorando entre suas mãos, queria tanto, seu peito parecia querer quebrar quando pensava que poderia fazer algo melhor mas nunca iria conseguir.

estava extremamente azarado e deprimido.

foi tirado de sua crise, com a respiração descontrolada, viu uma senhora se aproximar.

- "Oh... o meu divino estava certo... tem realmente agonizando aqui." aquela frase o deixou extremamente confuso, engoliu o seco e se levantou.

- "Do que está falando?" a senhora parecia feliz e tranquila com tudo, com trajes estampados e coloridos, colares, pulseiras, brincos e cabelo suavemente arrumado.

- "Meu senhor o chamou para participar do nosso culto, ele deseja mudar a sua vida, sua cabeça, seu ser." a senhora juntou as mãos.

E ali Nani viu algo que poderia mudar.

- "... me leve até seu senhor." estava decidido. alguém estava o chamando, e ele iria.

precisava de mudança, precisava de algo.

foi levado por quase a cidade toda, já cansado de andar e dolorido das surras, mas a senhora, mantia seu passo estável e tranquilo, fazendo o jovem pensar se essa senhora era real ou não.

logo visualizou uma casa pequena com um outdoor escrito "conheça sua espiritualidade".

- "Aqui, meu jovem, abrimos seu caminho para que você possa se achar no divino, te mostramos os primeiros passos para você cultuar quem te chama, e o resto, a divindade faz sem nosso auxílio." explicou enquanto abria uma porta.

- "Quem está me chamando?" acompanhou, subindo uma escada meio estreita.

- "Ninguém sabe sobre quem nos chama, eu não sei, mas você vai conhecer." assim logo conseguiu ver uma sala cheia de decorações, ervas, flores, plantas, um altar repleto de incenso e velas, taças de água e sal grosso.

- "E como eu conheço ele?"

esqueceu de grande perguntas de seguranças, não sabia onde estava nem mesmo oque iria fazer. seu conhecimento era raso e falho pela ganância. só tinha desespero agora.

SkyNani - Minha divindade.Onde histórias criam vida. Descubra agora