Gabriel Oliveira
- Você fez a Isabella falar palavrão? Tem noção do quão irritada ela tá? - Sabrina falou com uma expressão de muita surpresa.
- Eu...
- Bom, vou atrás da minha amiga. - foi até a mesa pegou as coisas e saiu correndo atrás da loira.
Eu fiquei confuso com aquele rolê todo, eu nem tava entendendo o que tava se passando na minha cabeça.
- Irmão, viu a Sabrina? Já rodei a festa umas três vezes atrás dela e nada dela, tô sentindo um negócio estranho.
- Foi embora. - falei sério.
- Como embora? Uma hora dessas? - olhou pra o relógio que estava no pulso. - São duas da manhã.
Eu fiquei em silêncio.
- Gabriel... O que tu fez irmão?
- Eu só afastei o Ricardo e a loira ficou puta comigo porque eu tava dançando com a Carla.
- Que? Não não, porque ela iria se importar com a Carla, o que tu fez?
Quando eu ia abrir a boca pra falar o celular dele tocou e a expressão dele era de raiva e choque.
- Amor, eu tô indo aí calma... Mas você tá bem? Fizeram alguma coisa com você? E-e a Isabella?
Quando ele falou o nome da loira eu gelei.
- Eu já chego aí! Calma.
- O que foi? - perguntei preocupado.
- As meninas foram assaltadas tentando voltar pra casa, tá bom pra você? - falou irritado de um jeito que fazia tempo que eu não via ele assim.
- Eu você com você! - falei. - Eu piloto a moto, a gente avisa a tia depois. - peguei a chaves em casa e avisei a Luísa o que ocorreu e falei pra ela segurar as pontas até a gente voltar.
Fui voando pra a delegacia e assim que chegamos o Pedro saltou da moto sem esperar.
Quando eu entrei vi que as meninas estavam assustadas. O Pedro tava abraçando a Sabrina e o idiota do mauricinho tava com a loira.
- Delegado, eu sou o namorado dela eu me responsabilizo. - Pedro falou já um pouco alterado.
- Eu entendo, mas preciso de um responsável legal de ambas. - falou com calma.
- Mas os pais dela estão viajando. - falou em relação a Sabrina.
- E os seus? - apontou pra loira, mas ela tava tão em choque que nem falava.
- Delegado. - chamei ele e todos olharam pra mim. - Posso trocar duas palavrinhas com o senhor? - perguntei e ele assentiu vindo até mim.
- Pode faltar.
- Eu e o Pedro vamos prestar o B.O no lugar delas.
- Como? - questionou.
- De acordo com o CPP artigo 5° qualquer pessoa que tenha conhecimento de um crime pode comunicar a autoridade policial, mesmo que não tenha presenciado. - afirmei com toda segurança.
- Hum...
- E de acordo com o Estudo da Criança e do Adolescente artigo 4° o dever da família, sociedade e estado assegurar a Criança e o adolescente com prioridade a todos os direitos...
- Certo, já compreendi. Quero vocês em 5 minutos na minha sala. - o Delegado falou se retirando e me aproximei do pessoal.
- Precisamos que vocês contem como foi e eu e Pedro vamos prestar o B.O no lugar de vocês.
***
Saímos da Delegacia já estava amanhecendo, meu coração tava apertado. Só de saber que tudo que ocorreu foi por minha culpa... E quando o Pedro descobrir vai querer quebrar meu pescoço.
Pelo menos consegui resolver um terço do dano que eu havia causado.
- Vou levar a Sabrina lá pra casa de moto, tem como você ir de...
- Relaxa irmão, vai cuidar dela. - deu um abraço nele.
- Valeu, cara! Se não fosse você aqui hoje eu nem sei como ia desenrolar, você vai ser um PM foda e um futuro delegado também.
- falou feliz, mas eu senti meu coração apertar com aquelas palavras eu nem conseguia olhar pra loira.As meninas se despediram e eu fui até a loira antes que ela entrasse no carro do playboy.
- Posso falar contigo? - perguntei e ela me ignorou. - Por favor! - puxei ela pra perto.
- Gabriel, agora não. - falou se soltando de mim e saiu no carro.
Eu sou mesmo um filha da puta.
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Deixar Acontecer
Teen Fiction"Pra quer rotular o que tá rolando? Como já dizia o Grupo Revelação deixa acontecer naturalmente..."