Gabriel Oliveira
A semana havia sido muito puxada, trabalhando, estudando... Eu não estava mais me aguentando em pé.
— Fala irmão! — Pedro entrou no meu quarto todo animado.
— Nem vem Pedro, tô cansadão. — me antecipei já sabendo que ele iria vir com alguma ideia.
— Deixa de embaçar, Biel. — retrucou.
— Fala logo.
— Tô querendo fazer algo especial hoje com a Sabrina... Será que você poderia me ceder a casa?
— Que? — perguntei incrédulo. — Você tá me expulsando da minha casa?
— Não, estou perguntando educadamente se você poderia me ceder ué
— E a Luísa?
— Já falei com ela. Ela vai passar o final de semana com umas amigas. — ele respondeu sorridente.
— Tá bom... Mas você fica me devendo hein. — falei em tom de brincadeira e sorri.
***
Eu havia passado a minha tarde inteira de sexta-feira ajudando o Pedro a arrumar a casa, sinceramente? Estava um brilho.
— Se a Sabrina não aceitar eu aceito, viu? — falei brincando olhando toda aquela arrumação.
— Comédia! Não é pedido de namoro não. Só estou demonstrando que gosto da companhia dela, mas quero ir devagar. — ele respondeu parecendo uma pessoa responsável.
— E aí? Como vai ser? — perguntei.
— A Bela vai levar ela lá na pizzaria e tals... Enfim, já pedi pra sair mais cedo.
— Já sei... Eu vou te cobrir né? — olhei para ele já me ligando na situação.
— Te amo irmão. — ele disse e eu neguei segurando o riso.
— Tá tá! Olha, a lasanha tá no forno é só aquecer o sorvete e o açaí no congelador. Agora vamos que já tá tarde.
***
Só porque hoje justamente hoje o Pedro resolveu pedir pra sair mais cedo a pizzaria estava bombando e não parava de sair às corridas, o que não era ruim, né? Mas... Caramba já tava cansado, até porque nem descansei ajudando o Pedro.
Depois de algumas horas o movimento deu uma acalmada, olhei no relógio e eram 22:00 as meninas estavam chegando na pizzaria o Pedro que não era bobo nem nada foi logo cumprimentar a amada dele e eu fiquei de longe olhando a loira.
Ela é muito linda.
— Gabriel! Preciso de você aqui no salão. — o gerente me chamou.
As vezes quando o movimento nas corridas estava fraco e o salão bobando a gente quebrava um galho ajudando a servir.
Imagina qual mesa eu tive que servir? Isso mesmo.
— Boa noite, o que as senhoritas desejam?
— Boa noite, Gabriel! — Sabrina me cumprimentou, mas a loira nada de olhar pra mim. — Vamos querer uma pizza de calabresa e uma coca.
— Mais alguma coisa? — perguntei olhando pra loira.
— É... Não, obrigada. — Sabrina respondeu e eu saí dali.
Eu fiz alguma coisa? Menina maluca.
Depois de servir as meninas e a loira continuar sem me dar moral eu saí do salão já que tinha amenizado o movimento.
— Gabriel, vem aqui! — Sabrina me chamou discretamente, mas parecendo um pouco desesperada. — O Pedro tá passando mal, ele disse que a crise de asma atacou!
Corri atrás dela, mas quando olhei para a loira ela piscou pra mim como se fosse algum tipo de sinal em relação ao plano do Pedro.
— É... Eu vou pedir o carro do gerente e levo vocês lá pra casa. — improvisei e corri lá pra dentro.
Consegui dar um migué no gerente e peguei o carro dele. Entramos os quatro no carro, a Sabrina foi com o Pedro atrás e eu fui com a loira na frente.
— Já já chegamos em casa! — falei enquanto estava focado no caminho.
— Tenta respirar amor! — Sabrina dizia desesperada.
Consegui chegar em casa em 5 minutos. Eu precisava parecer desesperado para a Sabrina não descobrir. — espero não ter levado multa no carro do Léo vulgo gerente.
Ajudei a Sabrina a descer com o Pedro e abri a porta de casa Sabrina tomou um susto com arrumação da casa, a mesa estava posta com uma decoração bem daora.
— P-pedro o que é isso? — Sabrina perguntou confusa.
— Calma... Não é um pedido de namoro, eu só quis fazer uma surpresa pra você mesmo pra mostrar o quanto gosto de ter você. — disse um pouco nervoso.
— Eu amei! — ela o abraçou. — Ei! Quase você mata do coração, seu palhaço. — deu um tapa no seu braco e ele riu.
— Mas valeu apena, né?! — ele olhou para ela que assentiu e lhe retribuiu com um selinho.
— Bom... Nós vamos deixar o casalzinho a sós... Aproveitem! — a loira disse.
— Como você vai voltar pra casa amiga? — Sabrina perguntou um pouco preocupada em deixar a amiga sozinha.
— Tá comigo tá com Deus! — respondi antes da loira falar alguma coisa.
Ela pareceu não gostar muito da ideia, mas apenas assentiu pelo bem o date da amiga.
— Bom jantar pra vocês! — me despedi deles e voltamos para o carro.
Entramos no carro e ficou aquele clima estranho. Eu não sabia o porquê dela estar daquele jeito, mas preferi deixar ela quieta.
Assim que chegamos na pizzaria falei com o Léo e agradeci o favor e quando voltei para o salão vi que a loira estava com o celular na mão.
— Quando terminar meu turno eu te levo.
— Não, obrigada. Eu já chamei um Uber. — respondeu sem olhar para mim.
— Tá maluca? Uma hora dessa? Nem a pau. — retruquei.
— Não precisa bancar o educado longe deles, tá? — disse e olhou para mim.
— Que? — questionei sem entender.
— Gabriel, entrega! — me chamaram e fiquei inquieto, mas tive que ir.
Fiz a entrega na maior rapidez, mas quando voltei não vi ela mais lá, então fui lá dentro e o Léo disse que já ia encerrar por hoje e que eu estava liberado.
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Deixar Acontecer
Teen Fiction"Pra quer rotular o que tá rolando? Como já dizia o Grupo Revelação deixa acontecer naturalmente..."