7° Capítulo

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Gabriel Oliveira

A semana havia sido muito puxada, trabalhando, estudando... Eu não estava mais me aguentando em  pé.

— Fala irmão! — Pedro entrou no meu quarto todo animado.

— Nem vem Pedro, tô cansadão. — me antecipei já sabendo que ele iria vir com alguma ideia.

— Deixa de embaçar, Biel. — retrucou.

— Fala logo.

— Tô querendo fazer algo especial hoje com a Sabrina... Será que você poderia me ceder a casa?

— Que? — perguntei incrédulo. — Você tá me expulsando da minha casa?

— Não, estou perguntando educadamente se você poderia me ceder ué

— E a Luísa?

— Já falei com ela. Ela vai passar o final de semana com umas amigas. — ele respondeu sorridente.

— Tá bom... Mas você fica me devendo hein. — falei em tom de brincadeira e sorri.

***

Eu havia passado a minha tarde inteira de sexta-feira ajudando o Pedro a arrumar a casa, sinceramente? Estava um brilho.

— Se a Sabrina não aceitar eu aceito, viu? — falei brincando olhando toda aquela arrumação.

— Comédia! Não é pedido de namoro não. Só estou demonstrando que gosto da companhia dela, mas quero ir devagar. — ele respondeu parecendo uma pessoa responsável.

— E aí? Como vai ser? — perguntei.

— A Bela vai levar ela lá na pizzaria e tals... Enfim, já pedi pra sair mais cedo.

— Já sei... Eu vou te cobrir né? — olhei para ele já me ligando na situação.

— Te amo irmão. — ele disse e eu neguei segurando o riso.

— Tá tá! Olha, a lasanha tá no forno é só aquecer o sorvete e o açaí no congelador. Agora vamos que já tá tarde.

***

Só porque hoje justamente hoje o Pedro resolveu pedir pra sair mais cedo a pizzaria estava bombando e não parava de sair às corridas, o que não era ruim, né? Mas... Caramba já tava cansado, até porque nem descansei ajudando o Pedro.

Depois de algumas horas o movimento deu uma acalmada, olhei no relógio e eram 22:00 as meninas estavam chegando na pizzaria o Pedro que não era bobo nem nada foi logo cumprimentar a amada dele e eu fiquei de longe olhando a loira.

Ela é muito linda.

— Gabriel! Preciso de você aqui no salão. — o gerente me chamou.

As vezes quando o movimento nas corridas estava fraco e o salão bobando a gente quebrava um galho ajudando a servir.

Imagina qual mesa eu tive que servir? Isso mesmo.

— Boa noite, o que as senhoritas desejam?

— Boa noite, Gabriel! — Sabrina me cumprimentou, mas a loira nada de olhar pra mim. — Vamos querer uma pizza de calabresa e uma coca.

— Mais alguma coisa? — perguntei olhando pra loira.

— É... Não, obrigada. — Sabrina respondeu e eu saí dali.

Eu fiz alguma coisa? Menina maluca.

Depois de servir as meninas e a loira continuar sem me dar moral eu saí do salão já que tinha amenizado o movimento.

— Gabriel, vem aqui! — Sabrina me chamou discretamente, mas parecendo um pouco desesperada. — O Pedro tá passando mal, ele disse que a crise de asma atacou!

Corri atrás dela, mas quando olhei para a loira ela piscou pra mim como se fosse algum tipo de sinal em relação ao plano do Pedro.

— É... Eu vou pedir o carro do gerente e levo vocês lá pra casa. — improvisei e corri lá pra dentro.

Consegui dar um migué no gerente e peguei o carro dele. Entramos os quatro no carro, a Sabrina foi com o Pedro atrás e eu fui com a loira na frente.

— Já já chegamos em casa! — falei enquanto estava focado no caminho.

— Tenta respirar amor! — Sabrina dizia desesperada.

Consegui chegar em casa em 5 minutos. Eu precisava parecer desesperado para a Sabrina não descobrir. — espero não ter levado multa no carro do Léo vulgo gerente.

Ajudei a Sabrina a descer com o Pedro e abri a porta de casa Sabrina tomou um susto com arrumação da casa, a mesa estava posta com uma decoração bem daora.

— P-pedro o que é isso? — Sabrina perguntou confusa.

— Calma... Não é um pedido de namoro, eu só quis fazer uma surpresa pra você mesmo pra mostrar o quanto gosto de ter você. — disse um pouco nervoso.

— Eu amei! — ela o abraçou. — Ei! Quase você mata do coração, seu palhaço. — deu um tapa no seu braco e ele riu.

— Mas valeu apena, né?! — ele olhou para ela que assentiu e lhe retribuiu com um selinho.

— Bom... Nós vamos deixar o casalzinho a sós... Aproveitem! — a loira disse.

— Como você vai voltar pra casa amiga? — Sabrina perguntou um pouco preocupada em deixar a amiga sozinha.

— Tá comigo tá com Deus! — respondi antes da loira falar alguma coisa.

Ela pareceu não gostar muito da ideia, mas apenas assentiu pelo bem o date da amiga.

— Bom jantar pra vocês! — me despedi deles e voltamos para o carro.

Entramos no carro e ficou aquele clima estranho. Eu não sabia o porquê dela estar daquele jeito, mas preferi deixar ela quieta.

Assim que chegamos na pizzaria falei com o Léo e agradeci o favor e quando voltei para o salão vi que a loira estava com o celular na mão.

— Quando terminar meu turno eu te levo.

— Não, obrigada. Eu já chamei um Uber. — respondeu sem olhar para mim.

— Tá maluca? Uma hora dessa? Nem a pau. — retruquei.

— Não precisa bancar o educado longe deles, tá? — disse e olhou para mim.

— Que? — questionei sem entender.

— Gabriel, entrega! — me chamaram e fiquei inquieto, mas tive que ir.

Fiz a entrega na maior rapidez, mas quando voltei não vi ela mais lá, então fui lá dentro e o Léo disse que já ia encerrar por hoje e que eu estava liberado.

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