Quando Klaus finalmente libertou seu lobo, tornando-se o Híbrido Original, ele nunca imaginou que estaria liberando uma terrível maldição que colocaria em risco, não apenas sua família, mas todas as linhagens de bruxas, lobisomens e vampiros. Agora...
Klaus e sua família foram embora assim que recuperaram a consciência, o híbrido nem ao menos se despediu do marido. Sua primeira parada foi Nova Orleans, verificando Marcel que ainda não estava recuperado completamente, mas não havia mais risco de morte.
Richard, por sua vez, acompanhou de perto a recuperação dos Culebras. E todos voltaram às suas atividades normais. Nenhum dos Gecko comentou sobre o ritual ou o compromisso eterno de Richard. Eles estariam dispostos a fingir que nada aconteceu, não fosse as constantes aparições de Kol. O Original andava atrás de Seth como uma sombra sob o brilho do sol escaldante e era expulso toda semana porque paciência nunca foi uma qualidade de Seth.
Depois de atestar a recuperação de seu filho do coração, Klaus voltou para Mystic Falls com Elijah, decidido a fazer outros híbridos. Freya havia lhe contado sobre o sangue de duplicada ter a capacidade de ajudá-lo, entretanto, era tarde demais. Damon havia transformado Elena em vampira devido a um acidente misterioso na ponte Wickery.
Rebekah decidiu que ficaria em Nova Orleans, enquanto Finn saiu a procura do amor de sua vida, Sage. Freya se uniu ao coven do Quartel Francês na esperança de que as bruxas a ajudassem a enfrentar Dahlia. Klaus voltou para Nova Orleans com as esperanças abaladas. A princípio ele estava chateado com o fracasso e começou a pensar em um plano para tomar o poder na cidade que tanto amava.
Mesmo com as alegações de que queria ser rei, Klaus não fez nenhum movimento para conquistar o reinado. A falta de planos mirabolantes, anúncios de guerra ou estratégias silenciosas despertou a preocupação de Elijah que permanecia o observando em silêncio.
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O que ninguém parecia ter percebido, é que Klaus não se sentia bem nas últimas semanas. Às vezes, passava horas sentado na área comum da antiga casa, olhando fixamente para o brasão da família, perdido em pensamentos ou memórias de tempos felizes. Em outros momentos, segurava um livro aberto nas mãos fingindo ler para não ser incomodado. Ao contrário do que se poderia pensar, Klaus não era atormentado por nenhuma fraqueza ou doença. Híbridos não ficam doentes. Klaus era atormentado por sonhos perturbadores e principalmente pela fome. Uma fome profunda quase animalesca que estava aumentando a cada dia.
Logo após voltar do templo, Klaus começou a ter sonhos recorrentes com serpentes e lobos em um deserto quente, sob um sol vermelho embaixo do Carvalho antigo, agora frondoso e imponente. Alguns sonhos eram simples e inocentes como o lobo brincando com um filhote enquanto a serpente os observava enrolada nos galhos da árvore. Outros eram extremamente perturbadores como uma serpente se arrastando para fora da barriga aberta de um lobo. Mas havia outro, que Klaus considerava pior, ele sonhava com Richard sobre ele, dentro dele, sonhos eróticos em que faziam sexo sob a sombra do carvalho e o Sol vermelho. Ele sempre acordava transbordando de desejo. Faminto.
Klaus sentia fome o tempo todo como um vampiro normal, mas aquela fome era diferente. Ele ficava mais tempo sozinho porque enquanto conversava com qualquer pessoa, incluindo seus irmãos, ele podia sentir o cheiro do sangue que corria em suas veias, da carne grudada em seus ossos. A fome que o fazia beber três vezes mais whisky que o habitual e comer tanta carne crua que faria um lobo vomitar. Suas presas vibravam na gengiva, engolia a saliva que se acumulava dentro da boca e não havia outro pensamento além do vazio no estômago. Não era apenas o vampiro que sentia fome, o lobo dentro dele uivava de fome. Uma fome que se tornava maior com a proximidade da lua cheia.